Defesa do DJ Rennan da Penha entrará com pedido de liberdade após decisão do STF
O artista foi preso após ser condenado em março deste ano pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) pelo crime de associação ao tráfico. Condenação e elementos usados como provas são contestados pela defesa e Rennan da Penha alega inocência
Por Anderson Justino
Rio - Depois do Supremo Tribunal Federal (STF) decidir pela não prisão em segunda instância e sim somente após esgotado todos os recursos no STF, a defesa de Renan dos Santos, o DJ Rennan da Penha, vai pedir a sua liberdade. O artista foi preso ao ser condenado em março deste ano pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) pelo crime de associação ao tráfico, mesmo sendo absolvido em primeira instância. O advogado informará inicialmente Rennan sobre o novo entendimento do Supremo antes de dar entrada com o pedido de soltura.
"Estou indo ao presídio encontrar com Rennan a fim de definir os próximos passos do pedido de liberdade que será feito em seu favor. Vamos pedir e brigar por ela. Estamos confiantes de conseguir a liberdade dele em breve. Eu vou fazer o pedido para que ele seja posto em liberdade e, em respeito à decisão do STF, que aguarde o julgamento dos recursos em liberdade", disse o advogado Allan Caetano Ramos.
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O defensor comemorou a decisão do STF, que garante a prisão somente após o esgotamento de todos os recursos. "Rennan está preso por determinação da 3ª Câmara Criminal do TJRJ. Sua prisão foi decretada unicamente para dar inicio ao cumprimento da pena, que ainda é objeto de recursos dirigidos aos tribunais superiores", explicou.
"A decisão do STF foi muito feliz pois, assim, a Corte reafirma o compromisso com sua missão institucional de guardar a Constituição, que é clara quanto à presunção de inocência. Além disso, o Código de Processo Penal não deixa dúvidas de que a prisão para cumprimento de pena é possível somente apos se tornar definitiva a condenação que a aplica", completou.
O funkeiro já havia sido preso neste processo em 2016 e, em seguida, absolvido na primeira instância por falta de provas. O Ministério Público do Rio (MPRJ) entrou com recurso e a sentença foi revertida no TJRJ.