Fogo atinge o Presídio José Frederico Marques - Reprodução / Internet
Fogo atinge o Presídio José Frederico MarquesReprodução / Internet
Por O Dia
Rio - Os homens que estão presos no Presídio José Frederico Marques, alvo de um incêndio nesta quarta-feira, serão transferidos ainda hoje para outras unidades. A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária informa que o esvaziamento da unidade em Benfica, Zona Norte do Rio, se estenderá até que seja realizada uma avaliação da Defesa Civil e do setor de Engenharia da Seap.
Um incêndio de grandes proporções atingiu a cadeia no fim da manhã desta quarta-feira. As chamas começaram por volta das 10h30 no Presídio José Frederico Marques. Elas foram controladas cerca de 1h30 depois, para os bombeiros iniciarem o trabalho de resfriamento e rescaldo do local.
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O remanejamento será feito da seguinte forma:
- 147 internos do Presídio José Frederico Marques, em Benfica, que passaram por audiência de custódia e tiveram a prisão mantida, serão transferidos, para unidades que se adequam ao perfil destes.
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- 128 presos, que cumpriam prisão preventiva pelo não pagamento de pensão alimentícia, foram transferidos para a Casa do Albergado Crispim Ventino, também em Benfica.
- Os demais internos serão encaminhados para o quarto andar do Instituto Penal Oscar Stevenson, unidade localizada em Benfica, que terá um andar destinado a presos que derem entrada no sistema e aguardam audiência de custódia.
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As audiências de custódia, informa a Seap, serão mantidas no Presídio José Frederico Marques.
Ninguém ficou gravemente ferido no incidente. Quatro servidores foram levados para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, por inalação de fumaça, e já receberam alta. Cinco presos receberam atendimento no local pelo mesmo motivo.
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CURTO-CIRCUITO
O subsecretário de Gestão Operacional da Seap, Moysés Marques disse que o incêndio começou na galeria B do segundo andar do prédio, nas duas últimas celas, que estavam vazias.
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"A unidade, por ser uma porta de entrada (de detentos), nós temos colchões reservas para os presos que ingressam, porque às vezes ingressa um número excessivo. Essas duas últimas celas dessa galeria, que estava interditada, estavam armazenando os colchões justamente para essa entrada de presos", contou.
Ainda segundo o subsecretário, as chamas teriam sido causadas por causa de um curto-circuito no local, que atingiu os colchões armazenados.
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"Imediatamente foi feito um plano de evacuação. Todos os presos foram retirados do prédio para evitar qualquer problema e os Bombeiros foram acionados", o subsecretário acrescentou.
PRESOS FAMOSOS
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Atualmente, a cadeia recebe presos masculinos e estava com 502 detentos, tendo capacidade total para 624. Lá, eles permanecem apenas durante o período necessário para procedimentos iniciais nas áreas de Segurança, Saúde, e Assistência, para classificação, atendimento médico, serviço social e psicologia. A permanência dura de 10 a 15 dias. De lá, os presos são transferidos para outras unidades para aguardar decisão judicial.
A unidade, que recebia até 2018 detentos com Ensino Superior, ficou conhecida pela passagem de empresários e políticos presos pela Operação Lava Jato, como os ex-governadores Anthony Garotinho e Sergio Cabral, o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani e o empresário Fernando Cavendish.