Astério Pereira dos Santos - Divulgação
Astério Pereira dos SantosDivulgação
Por O Dia
Rio - Em uma nova fase da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, a Polícia Federal (PF) prendeu, nesta quinta-feira, Astério Pereira dos Santos, ex-secretário nacional de Justiça do governo de Michel Temer. Oito pessoas tinham sido presas até 9h30, segundo a PF. São nove mandados de prisão (três preventivas e quatro temporárias) a serem cumpridos no Rio. 
Em um posto de combustíveis em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foram apreendidos aproximadamente R$ 100 mil em espécie. O estabelecimento tem como sócios dois presos na ação de hoje, que receberam transferências de empresa também investigada, entre os anos de 2005 e 2012, de quase R$ 3 milhões.
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R$ 100 mil foram apreendidos em posto de combustível que tem como sócios dois alvos presos em operação da PF - Divulgação
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Astério e outras 14 pessoas foram denunciadas por envolvimento em pagamento de propinas a conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ).
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Também são investigadas, segundo a PF, pessoas físicas e jurídicas que participaram de uma rede de pagamentos de propina relacionada às atividades da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), da qual Astério foi secretário entre 2003 e 2006, na gestão de Rosinha Garotinho.

"Tal rede seria organizada por empresários e agentes públicos com apoio de dois escritórios de advocacia. Entre os agentes públicos envolvidos há um ex-procurador de Justiça, e o esquema beneficiaria integrantes do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro. O dinheiro recebido por meio desse esquema de corrupção estaria sendo dissimulado por meio do uso de pessoas jurídicas, laranjas e familiares dos envolvidos", disse a PF.

A Polícia Federal e o MPF também faz ainda buscas em 32 endereços, com base nos mandados expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal. 

Astério é procurador de Justiça aposentado e, além de ter sido secretário de Administração Penitenciária entre 2003 e 2006, também atuou como coordenador de Segurança e Inteligência do Ministério Público do Rio, entre 2007 e 2008.
Com informações do Estadão Conteúdo