Alunas do curso Mulheres à Obra: aprendizado traz empoderamento, confiança e autoestima - fotos Divulgação
Alunas do curso Mulheres à Obra: aprendizado traz empoderamento, confiança e autoestimafotos Divulgação
Por *Rachel Siston
Se o ditado diz que lugar de mulher é onde ela quiser, por que não com a mão na massa? Há 3 anos, o curso “Mulheres à Obra”, que chega a sua 7ª edição neste Dia Internacional da Mulher, capacitou mais de mil mulheres a usar ferramentas elétricas e solucionar reparos domésticos. As aulas, teóricas e práticas, ajudaram diversas mulheres a encontrarem uma nova profissão ou hobby e derrubaram barreiras de preconceito.

De acordo com Isabel Gomes, diretora de marketing da Palácio Ferramentas, loja de materiais de construção que ministra o curso, o principal objetivo do projeto é proporcionar a independência das mulheres. “Além das questões de empoderamento feminino, ninguém gosta de ficar dependente de outra pessoa. A gente conseguiu dar mais conhecimento, encorajar e fazer com que nossas alunas perdessem o medo de certos reparos domésticos”, explicou a diretora.

Nos últimos dois anos, a artesã Léa Salles conseguiu conquistar uma grande lista de clientes para fazer serviços que aprendeu. Mas, ela conta que a maior satisfação foi surpreender os familiares com uma simples instalação de chuveiro, que precisaria da contratação de um profissional da área. “Meu genro disse que havia comprado um chuveiro novo e estava esperando o profissional para instalar. Na mesma hora eu falei: deixa que eu faço! Surpreendi todo mundo que estava lá, me senti a 'top' na instalação", brincou a artesã.

O curso foi também um marco para a instrutora Emanuela Fidélis, que começou a lecionar na demonstração para clientes, mas sentiu que podia ir além. Hoje, ela vê a diferença que os ensinamentos fizeram na vida de suas alunas. “O impacto alcançado foi muito além das minhas expectativas, mais de mil mulheres tem autonomia para solucionar reparos domésticos. Eu não consigo mensurar a gratidão de ser a instrutora técnica desse projeto", afirmou a instrutora.

Aos 26 anos, Ellena Stellet se define como cenógrafa, fotógrafa e pedreira nas horas vagas e pretende acrescentar mais uma profissão nesse currículo: youtuber. Com o conhecimento que adquiriu no projeto, passou a divulgar suas façanhas no Instagram e o próximo passo é seguir para plataforma de vídeos. A jovem relata que entendeu a importância do curso quando precisou construir uma peça de cenário, antes feita por um marceneiro. “Quando o meu chefe chegou, o material estava pronto. Os meninos do setor nem acreditaram que fui eu quem fiz. Depois daquilo, eu me senti muito mais capaz. Eu entendi que conhecimento é empoderamento também.”

As novas habilidades foram como um recomeço para a administradora Patrícia Braga, 53, que enfrentava uma depressão por não conseguir recolocação no mercado de trabalho. "Foi uma distração, é uma motivação encontrar as meninas. Não tem mistério mulher mexer com máquinas e fazer o serviço que essa sociedade diz que é masculina", sentencia.

De 10h às 14h dos sábados entre o 7 e 28 de março, o curso oferece aulas de ferramentas elétricas, impermeabilização e tintas. A taxa de inscrição é R$100 e parte do investimento é revertido em crédito para compras a partir de R$200. As turmas aceitam até 40 alunas cada e aulas acontecem na Rua Camerino, nº 130, no Centro do Rio. As inscrições devem ser feitas no site da loja e o telefone para outras informações é (21) 2103-7373.
Elas conquistam espaço no universo masculino
A mecânica de motores aeronáuticos Priscila Menezes, de 26 anos, conta que precisou de tempo para conquistar seu espaço na profissão. Aos 18 anos, quando ainda cursava Biomedicina, decidida a conquistar sua independência financeira, se tornou Jovem Aprendiz na oficina de revisão de motores aeronáuticos GE Celma. Filha do dono de uma ferramentaria, ela decidiu investir na carreira e hoje faz uma graduação em Engenharia Mecânica.

"Há oito anos não era tão natural quanto é hoje em dia. Lembro de duas ou três mulheres trabalhando como mecânicas. Atualmente, porém, há muitas mulheres conquistando espaços antes inimagináveis', comemora Priscila.

Para a diretora de Recursos Humanos da GE Celma, Jaqueline Tibau, é importante que homens e mulheres tenham as mesmas oportunidades no mercado. "As empresas devem garantir a equidade nas entrevistas. Fazemos campanhas para estimular a inscrição de mão de obra feminina, dos mais técnicos até os cargos gerenciais", explica.
Elas conquistam espaço no universo masculino
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A mecânica de motores aeronáuticos Priscila Menezes, de 26 anos, conta que precisou de tempo para conquistar seu espaço na profissão. Aos 18 anos, quando ainda cursava Biomedicina, decidida a conquistar sua independência financeira, se tornou Jovem Aprendiz na oficina de revisão de motores aeronáuticos GE Celma. Filha do dono de uma ferramentaria, ela decidiu investir na carreira e hoje faz uma graduação em Engenharia Mecânica.
"Há oito anos não era tão natural quanto é hoje em dia. Lembro de duas ou três mulheres trabalhando como mecânicas. Atualmente, porém, há muitas mulheres conquistando espaços antes inimagináveis', comemora Priscila.
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Para a diretora de Recursos Humanos da GE Celma, Jaqueline Tibau, é importante que homens e mulheres tenham as mesmas oportunidades no mercado. "As empresas devem garantir a equidade nas entrevistas. Fazemos campanhas para estimular a inscrição de mão de obra feminina, dos mais técnicos até os cargos gerenciais", explica.
 
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