Prefeito Marcelo Crivella - Rhavinne Vaz / Prefeitura do Rio
Prefeito Marcelo CrivellaRhavinne Vaz / Prefeitura do Rio
Por Anderson Justino
Rio - O prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) disse, nesta terça-feira, que a prefeitura vai multar os ônibus que andarem lotados pela cidade. A informação foi dada durante uma coletiva de imprensa na manhã de hoje, na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. O prefeito, no entanto, não disse como a multa será aplicada.
No Diário Oficial do Município de hoje, foi publicado decreto liberando as empresas de ônibus da cidade para reduzirem em até 40% a frota delas nas ruas. A decisão, no entanto, não contempla o BRT. Na coletiva desta manhã, o prefeito não falou sobre a medida.
Publicidade
Durante a coletiva o chefe do executivo disse que irá adotar a medida para montar hospitais de campanha,  com logística do Exército, caso 70% das vagas na rede hospitalar municipal seja ocupada por pacientes infectados por Covid-19.
O prefeito disse ainda que, em caso de surto do novo coronavírus, não está descartada a possibilidade de retirada compulsória de pessoas que estão em situação de rua e colocá-las em abrigos. Segundo ele, hoje cerca de cinco mil pessoas vivem nas ruas do Rio.
Publicidade
A secretária Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, Tia Ju, disse que a prefeitura vai fazer um trabalho de entrega de kits de higiene para os grupos que vivem nas ruas. "O objetivo é explicar o risco que essa doença representa e tentar encaminhar essas pessoas para um abrigo onde esteja segura. Mas precisamos priorizar a compra dos kits para a população". 
A capital está em estagio de alerta, mas Crivella reforçou que já solicitou à Secretaria Nacional de Defesa Civil para reconhecer situação de emergência no Rio. "A medida permitiria a prefeitura fazer compras sem licitação e também contratar, sem concurso público, pessoal para fazer frente à pandemia".  
Publicidade
Crivella também informou que está em entendimentos com a Secretaria Nacional de Defesa Civil para ampliar a decretação de emergência em toda o município, o que agilizará a adoção de medidas de combate ao Covid-19.
"Quando estou em estado de emergência, posso contratar temporariamente sem concurso público, posso comprar de maneira emergencial sem licitação. Há uma série de ações que são facilitadas para conter aquela emergência", afirmou o prefeito.

Crivella explicou que já enviou o pedido de decretação de emergência para liberar recursos do FGTS às vítimas das enchentes do início de março. Contou que a própria Defesa Civil federal sugeriu que ampliasse esse pedido por conta do coronavírus, o que já foi feito. Ele agora aguarda a resposta do governo federal.
Publicidade
O prefeito se disse satisfeito com o resultado da reunião com a Firjan e a Fecomércio, uma vez que essas entidades concordaram com os horários escalonados de chegada ao trabalho.

"É apenas uma orientação. É um processo educativo. É como estamos fazendo em nossa campanha publicitária que vocês receberão pela TV e rádio. Ela diz: por favor, evite sair de casa. Externo aqui minha alegria, porque o trânsito da cidade diminuiu muito, a presença nos shoppings caiu bastante, isso é fundamental. É o momento da gente conversar com as pessoas. Se, por acaso, esses números que citei, essa curva (de casos de Covid-19) se acentuarem, aí sim serão tomada medidas restritivas e impeditivas. Não é o caso de agora. Então, pedimos que as pessoas evitem praias, parques e deixem as ruas abertas", afirmou Crivella.
Veja outras ações anunciadas hoje:
Publicidade
. Distribuição de kits higiene para pessoas em situação de rua
. Fechamento das casas de convivências, que atendem cerca de 8 mil idosos
Publicidade
. Fechamento de todos os parques municipais
. Fechamento de todas as vilas olímpicas administradas pela prefeitura
Publicidade
. Permanência da abertura dos três restaurantes populares do município