Veridiana gasta média de R$ 45 por dia com água - foto da leitora
Veridiana gasta média de R$ 45 por dia com águafoto da leitora
Por HUGO PERRUSO

Rio - Lavar as mãos contra o coronavírus tem sido uma enorme dificuldade em muitas comunidades que vêm denunciando a falta de abastecimento de água. Na Ladeira dos Tabajaras, a autônoma Veridiana Farias vem sofrendo há uma semana ao lado do marido diabético e dos filhos de 14 e 9 anos. Ela diz que o problema acontece na parte mais alta de sua rua.

O gasto diário para comprar água gira em torno de R$ 45, valor que poderia ser maior se não fosse a colaboração de vizinhos da parte baixa, que têm água: "Há uma semana estamos comprando galões para fazer o básico. Minha família não toma banho direito há três dias, e eu não consigo lavar minha roupa, que pode vir infectada da rua. Como vamos nos proteger? O dinheiro acabou, estou desesperada".

Em nota, a Cedae disse que no domingo a tarde mexeu no equipamento que atende a localidade e que nesta segunda-feira "os técnicos vão monitorar o sistema para acompanhar a normalização do fornecimento". Horas antes, a empresa comunicou que, em caráter emergencial, disponibilizará 40 caminhões-pipa para atender comunidades. Já o prefeito Marcelo Crivella anunciou que vai colocar galões com água e sabão para as pessoas lavarem as mãos na entrada dessas áreas.

A falta de abastecimento também foi verificada em pelo menos outras 15 regiões, no sábado. Moradora de Paciência, na Zona Oeste do Rio, Natália Lucas só percebeu o problema quando sua bomba queimou. Em Anchieta, na Zona Norte, a casa de Kelly Pires voltou a ser abastecida domingo à tarde, mas com pressão fraca. Em outros locais, o problema já foi regularizado.

Segundo a Cedae, houve um reparo emergencial na estação do Guandu, na noite de sábado, devido a danos causados pelas chuvas, o que reduziu a pressão na rede de distribuição.

 

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