
Desde que o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, decretou o uso obrigatório de máscaras para sair às ruas, os cariocas precisaram se adaptar a circular com rostos cobertos pelas mais variadas estampas e tecidos. E a permissão de funcionamento de lojas de tecidos incrementou ainda mais a produção caseira de máscaras. Mas o que muita gente anda perguntando é se dá para confiar na qualidade dos produtos usados na hora de criar uma barreira de proteção contra o novo coronavírus.
Segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia do Rio, Tânia Vergara, as pessoas devem produzir máscaras de algodão e TNT. "O ideal é fazer máscara com mais de uma camada de algodão e TNT para trazer maior proteção. No perfil do Twitter do Ministério da Saúde há um vídeo que ensina como costurar", indica. Já tecido sintético, ela não orienta para a fabricação, pois é desconfortável para respirar.
A costureira Sônia Maria da Silva, de 62 anos, começou a produzir máscaras de tecido a partir de indicações de quais materiais utilizar. "Tenho feito com tecido tricoline, 100% algodão, tanto lisa quanto estampada", disse.
Um estudo de cientistas da Universidade de Chicago (EUA) detectou que a melhor proteção está na combinação entre tecidos, como algodão com seda ou flanela, por exemplo, o que daria uma eficiência de 80% contra o vírus.