Thaynara e Orion iam se casar no dia 30 de abril mas precisaram adiar o sonho para o mês de setembro - ARQUIVO PESSOAL
Thaynara e Orion iam se casar no dia 30 de abril mas precisaram adiar o sonho para o mês de setembroARQUIVO PESSOAL
Por Gustavo Monteiro
Trinta de abril. Essa foi a data escolhida pelos noivos Thaynara Albino, de 27 anos, e Orion de Oliveira, de 34, para uma das celebrações mais importantes de suas vidas, o casamento. Mas tinha uma pandemia no meio do caminho e o sonho precisou ser adiado. "Foi um luto, ficamos arrasados", diz a professora de Educação Física, que mora em Bangu. A solução foi remarcar para 11 de setembro, dia do aniversário de Orion.
Não está sendo fácil, mas o carinho das pessoas tem ajudado a amenizar a frustração. E Thaynara recebeu um apoio inesperado, da dona da loja onde ela contratou, em 2019, o vestido de noiva. "Mandaram uma mensagem de apoio e me ofereceram até ajuda psicológica. Eles foram muito legais", conta a jovem, que já tinha começado a distribuir os convites.
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Realizando sonhos
No dia 30 de abril, a voz de apoio na mensagem citada por Thaynara era de Ingrid Batista, que, junto com o marido Paulo Cesar Batista, comanda a Felicitá Noivas e Festas, uma das mais prestigiadas lojas de aluguel de roupas da Zona Oeste. "Depois da quarentena, que fez com que tantos sonhos fossem adiados, a gente estreitou ainda mais o relacionamento com os clientes, pra levar palavras de conforto e não deixá-los desamparados", afirma Ingrid.
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O que muita gente não imagina é que a própria Ingrid também precisava de motivação. Com as portas fechadas por causa da quarentena, a situação ficou complicada. "A média era de 90 contratos fechados por semana. Caímos para zero", revela a empresária.
Com três lojas (Campo Grande e Nova Iguaçu), a Felicitá precisou se adequar. Paulo, que cuida da administração, resolveu que o melhor a fazer era estudar o cenário e buscar soluções.
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Ramo de aluguel de roupas teve que se reinventar
Ingrid e Paulo, da Felicitá Noivas, estão buscando soluções para manter o negócio funcionando
Ingrid e Paulo, da Felicitá Noivas, estão buscando soluções para manter o negócio funcionandofotos ARQUIVO PESSOAL
O que poderia ser motivo para pânico acabou funcionando como um incentivo para a Felicitá desenvolver novas formas de manter o negócio de pé. "Nos aproximamos mais dos clientes para fazer a marca permanecer viva enquanto estivermos fechados", explica Ingrid. Com 41 mil seguidores, o Instagram (@felicitanoivasefestas) tem sido uma ferramenta bastante eficaz.
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Fazemos lives e stories dando dicas, mostrando a coleção nova e contando um pouco da nossa história. O resultado tem sido muito legal", garante Ingrid, que comemora o fato de não ter tido nenhum contrato cancelado. Sobre o quadro de funcionários (são 40 ao todo), Paulo comenta: "Apesar das dificuldades, continuamos com foco no bem-estar dos nossos colaboradores e não demitimos".
No mercado há cinco anos, a Felicitá tem quase 10 mil peças. Nos meses de junho, julho e agosto, o negócio fica ainda mais movimentado: os contratos semanais chegam 300. "O meio do ano é o melhor período para os negócios", completa o gestor.