Trabalhadores de saúde que ficaram incapacitados pelo coronavírus poderiam ser beneficiados - Daniel Castelo Branco
Trabalhadores de saúde que ficaram incapacitados pelo coronavírus poderiam ser beneficiadosDaniel Castelo Branco
Por Luana Dandara

Dois meses após o início da epidemia do novo coronavírus no Brasil, um estudo do Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde (Nois) aponta que as taxas de crescimento da disseminação e de letalidade da covid-19 no país estão entre as 10 piores do mundo. Em determinados dias, o Brasil chegou a atingir o pior nível mundial, em comparação com outras 39 nações.

No período analisado, a taxa de crescimento diária de casos confirmados de covid-19 no país oscilou em torno de 7%. "Não sendo possível perceber tendência de decrescimento nítida. Isso indica que o Brasil e suas regiões ainda não atingiram o pico de novos casos", alerta a nota do Nois.

Em relação a óbitos por coronavírus, o Rio de Janeiro apresentou a maior taxa nos últimos dias, seguida pelo Estado de São Paulo.

À frente de outros países

A pesquisa, divulgada ontem, foi realizada de 14 de abril a 4 de maio, por cientistas de diferentes instituições, como PUC-Rio e Fiocruz. "Em todos os 21 dias analisados, o número de casos no Brasil cresceu mais que a mediana dos países", disse a nota técnica.

Foram considerados apenas dados oficiais, ou seja, a subnotificação de casos e de óbitos poderia agravar ainda mais as conclusões da pesquisa.

Nos dias 16, 17 e 28 de abril, o Brasil foi o país com o maior crescimento na taxa de letalidade da doença no mundo, o que mostra um aumento considerável do número de óbitos, segundo o estudo. O país também lidera o primeiro lugar na taxa de letalidade em comparação a todos os países da América do Sul.

A taxa de letalidade no país cresceu de 6,1%, em 14 de abril, para 6,8%, em 4 de maio. "Mostrando que é um dos países onde a epidemia cresce mais rapidamente", destacaram os pesquisadores.

 

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