Por RENAN SCHUINDT

Mesmo diante de tantas perdas fatais por covid-19, ainda há quem tenha coragem de aplicar golpes contra a administração pública. Ontem, agentes do Departamento Geral de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil (DGCOR-LD), em conjunto com o Ministério Público Estadual (MP-RJ), realizaram operação para combater fraudes na compra de respiradores pelo governo de Santa Catarina. A ação cumpriu 11 mandados de busca, apreensão e sequestros de bens. Em um galpão em Vargem Pequena, na Zona Oeste do Rio, os policiais encontraram máscaras N95, máscaras de oxigênio, notebooks e peças de respiradores.

As investigações dão conta de uma suposta fraude que contaria com a participação de agentes públicos. Entre os crimes praticados estão falsidade ideológica em documentos oficiais, criação de empresas de fachada e lavagem de dinheiro. Indícios de adulteração de álcool em gel também foram encontrados e a perícia precisou ser acionada. A quadrilha teria fraudado o fornecimento de 200 respiradores para o governo catarinense, adquiridos em março, ao custo de R$ 33 milhões. O pagamento já havia sido realizado. A entrega jamais foi feita.

A ação foi realizada em conjunto com as polícias civis do Rio, São Paulo, Mato Grosso e Santa Catarina. A empresa e os envolvidos na fraude estavam no Rio. As ordens judiciais foram cumpridas em 12 municípios, dos quatro estados. Cerca de 100 policiais, entre civis, militares e rodoviários federais participaram da operação.

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