Os hospitais de campanha prometidos pelo governador Wilson Witzel, e cuja entrega já deveria ter ocorrido até o fim do mês passado, estão virando um verdadeiro parto para sair. Hoje, a maioria deles completa 10 dias de atraso. No dia 1º, o estado já deveria ter à disposição da população 1.800 leitos, em nove unidades. O primeiro da lista a ter começado a funcionar foi o do Leblon, assim mesmo erguido pela iniciativa privada e com 42 dos 200 leitos prometidos.
Só ontem à noite entrou, parcialmente, em operação, o primeiro hospital de campanha construído pelo governo do estado, na área do complexo do estádio do Maracanã. A unidade tem previstos 400 leitos, mas segundo a Secretaria de Estado de Saúde, nesta primeira fase, serão abertos 170 leitos: 120 de enfermaria e 50 de UTIs; levou 38 dias para ficar pronta e foi entregue com nove dias de atraso. Os outros 230 serão entregues à população ao longo da semana.
Susto no Maracanã
Na parte da manhã de ontem, um curto-circuito provocou um princípio de incêndio, controlado rapidamente pelos brigadistas, sem causar danos à estrutura ou a equipamentos.
Na sexta-feira, o governador Wilson Witzel garantiu que amanhã vai entregar o hospital de campanha do Parque dos Atletas, na Barra da Tijuca.
Com a notícia, a capital vai poder contar com quatro hospitais de campanha para atender pacientes diagnosticados com a covid-19 - incluindo a unidade erguida pela Prefeitura do Rio no Riocentro.
Na tarde de sexta-feira, no hospital do Maracanã, o governador Wilson Witzel se encontrou com o ministro da Saúde, Nelson Teich; e o secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, e acertaram a doação de 90 respiradores, que serão distribuídos pela rede estadual, incluindo 30 unidades para o hospital do Maracanã.
"A chegada dos equipamentos, neste momento em que existe uma corrida mundial pelos respiradores, é importante para podermos fazer o enfrentamento à doença. Os aparelhos vão dar um suporte maior aos pacientes graves internados", afirmou o secretário de Saúde, Edmar Santos.
