PF vai investigar denúncias sobre vazamento de operação Furna da Onça para Flavio Bolsonaro
Polícia Federal lembra que notícia anterior, sobre suposto vazamento de informações na operação foi regularmente investigada pela PF através do Inquérito Policial n° 01/2019, que encontra-se relatado
Por O Dia
Rio - A Polícia Federal informou no fim da tarde deste domingo que instaurou um procedimento específico para a apurar a denúncia, feita pelo empresário Paulo Marinho em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, de que Flavio Bolsonaro foi avisado por um delegado da PF de que a Operação Furna da Onça seria deflagrada. As investigações envolviam o ex-assessor Fabrício Queiroz.
O senador Flávio Bolsonaro classificou a acusação de "invenção" e afirmou que o empresário tem interesse em prejudicá-lo, já que é suplente de Flávio no Senado Federal.
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A operação foi deflagrada no dia 8 de novembro de 2019, com mandados expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região no dia 31 de outubro daquele ano.
A Polícia lembra que notícia anterior, sobre suposto vazamento de informações na operação "Furna da Onça", foi regularmente investigada pela PF através do Inquérito Policial n° 01/2019, que encontra-se relatado. "Todas as notícias de eventual desvio de conduta devem ser apuradas", diz em nota. "A Polícia Federal se notabilizou por sua atuação firme, isenta e imparcial no combate à criminalidade, dentro de suas atribuições legais e constitucionais", acrescenta.
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A acusação foi feita em entrevista de Marinho ao jornal Folha de S.Paulo. O empresário disse, na entrevista, que o senador relatou em uma reunião em dezembro de 2018 que teve conhecimento de forma antecipada sobre a realização da Operação Furna da Onça, que alcançou Queiroz.
Segundo Marinho, Flávio Bolsonaro contou que recebeu o aviso de um delegado da PF do Rio. Simpatizante da eleição de Jair Bolsonaro, o agente teria recomendado ao senador que tirasse Queiroz do cargo. Marinho, amigo do ex-ministro Gustavo Bebianno, colaborou com a campanha presidencial de Bolsonaro, principalmente ao ceder sua mansão, na zona sul do Rio, como palco de reuniões e gravações de propaganda eleitoral. Acabou escolhido como suplente de Flávio Bolsonaro.