No último adeus, solidão: trágica realidade da covid - Gilvan de Souza
No último adeus, solidão: trágica realidade da covidGilvan de Souza
Por O Dia
A Prefeitura do Rio voltou, na terça-feira, a divulgar o número de óbitos por covid-19 em seu painel de monitoramento ao novo coronavírus após uma semana sem os dados. O método foi alterado e agora, só considera mortes cujos atestados de óbito apontem o coronavírus como causa de morte. O gargalo de dados ocorre porque muitas vezes os atestados de óbitos são emitidos antes que os resultados dos exames fiquem prontos. 
De acordo com essa última atualização, o município registra 1.801 óbitos. O número é 40% inferior ao divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde para a cidade: 2.978. A diferença é de 1.177.

A Prefeitura passou a utilizar os dados dos sepultamentos coletados pela Secretaria Municipal de Infraestrutura com os cemitérios cariocas. O Painel Covid-19 também deixou de informar o número de mortes por bairro.
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A partir de agora, será divulgado diariamente o número de sepultamentos nos cemitérios cariocas de pessoas que tenham como causa confirmada da morte a Covid-19. A nova metodologia, diz a Secretaria Municipal de Saúde, tem a finalidade de dar fidelidade à apuração das mortes por Covid.
"Todos os dados de óbitos que hoje são enviados ao governo federal continuam, porque envolvem, além da Prefeitura, o Estado e a rede privada. A mudança feita no painel é para dar mais transparência a esses dados. A informação dos cartórios leva até 60 dias e o dado mais próximo e fidedigno de quem faleceu hoje, ou há dois dias, é o de sepultamento nos cemitérios", afirma em nota.