Funcionários de hospitais federais fizeram manifestação contra demissão - Divulgação/ FENASPS
Funcionários de hospitais federais fizeram manifestação contra demissãoDivulgação/ FENASPS
Por Rachel Siston*

O déficit de 8.243 profissionais de saúde e a pandemia de covid-19, que já registra mais de 54 mil casos no Rio, não impediram a demissão de funcionários de hospitais federais no estado. Sem concurso para preenchimento de vagas há pelo menos dez anos e contando com o serviço de cerca de 4.100 funcionários temporários, uma medida provisória no último dia 28 prorrogou contratos que terminariam em 31 de maio.

Mesmo com a MP, 400 funcionários foram dispensados ontem e, inconformados com o descumprimento, se manifestara contra as demissões em frente ao Hospital Federal dos Servidores do Estado, no bairro da Saúde. A técnica em enfermagem Verônica Conceição, de 42 anos, conta que deixou de se inscrever para trabalhar em hospitais de campanha porque teve o contrato prorrogado. Um e-mail anunciando a demissão, sem justificativas, surpreendeu a técnica.

"Eu estava certa e que continuaria trabalhando. Não dá para entender como no meio de uma pandemia, hospitais onde já faltam funcionários, mandam as pessoas embora", desabafou.

Na terça-feira, o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social afirmou que recebeu, nos últimos dias, inúmeras denúncias de servidores contratados das unidades federais. Segundo a nota, "esses contratados estão sendo arbitrariamente demitidos por suas respectivas chefias. Efetuadas sem qualquer justificativa. Além de arbitrárias, as demissões são completamente ilegais".

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