Rio - O PM reformado Fabrício Queiroz, preso na manhã desta quinta-feira por envolvimento com um esquema de "rachadinha" na Assembleia Legislativa (Alerj), disse em 2018, quando o escândalo estourou, que "podem me prender, mas não podem prender minha mulher nem milha filha", segundo relato obtido pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. Além de Queiroz, sua esposa também foi alvo de mandado de prisão da operação de ontem, mas está foragida.
A fala de Queiroz era vista como um recado de que poderia ser preso sem fazer delação, mas caso sua família também fosse afetada, como ocorreu, ele poderia não manter o silêncio.
O recado foi passado, em 2018, por advogados para o então coordenador da campanha eleitoral do presidente Jair Bolsonaro, Gustavo Bebianno – que foi secretário-geral da Presidência e morreu em março deste ano.
Queiroz foi assessor do então deputado estadual Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) entre 2007 e 2018 e é investigado por um esquema de rachadinhas no gabinete do filho do presidente no Parlamento fluminense.
