Márcia é considerada como foragida pela Justiça desde quinta-feira, dia em que Queiroz foi preso preventivamente em Atibaia, no interior de São Paulo. O ex-assessor estava em um imóvel que pertence a Frederick Wassef, que atuou por anos como advogado da família Bolsonaro.
Tanto Queiroz quanto a esposa estão sendo investigados por suspeitas de participarem de um suposto esquema de "rachadinha" na Alerj, em que parte dos servidores devolvem os salários.
"Mais [sic] só se estivéssemos com prisão decretada. Sabe que isso será impossível né? Mais [sic] vamos aguarda [sic]", disse Márcia por mensagem às 11h58 do dia 24 de novembro de 2019, segundo relatório encaminhado pelo MPRJ à 27ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça, que autorizou a operação.
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Por meio de mensagens, Queiroz perguntava a esposa sobre a possibilidade de ela deixar o Rio e seguir para São Paulo, onde o ex-assessor estava.
"Está na casa do anjo?", perguntou Márcia. "Estamos", disse Queiroz. "Ele falou alguma coisa?", perguntou. "Querendo mandar para [sic] todos para São Paulo se agente [sic] não ganhar. Aquela conversa de sempre".
Márcia considerou como "exagero" em um primeiro momento morar em São Paulo. "Não vamos entrar no mérito agora", disse Queiroz, em resposta à esposa.
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Na sequência, Márcia disse que só consideraria a possibilidade caso tivesse prisão decretada.
As investigações apontam que o casal estaria recebendo instruções de alguém identificado como "anjo", apelido a Wassef. Mas em entrevista concedida para CNN e Folha de São Paulo, o advogado negou que escondeu Queiroz em seu imóvel e chegou a dizer que não é o "anjo".