Vídeo das ofensas do casal repercutiu na Internet  - Reprodução / TV Globo
Vídeo das ofensas do casal repercutiu na Internet Reprodução / TV Globo
Por Natasha Amaral e Carolina Freitas*
Rio - O engenheiro civil que aparece junto com uma mulher constrangendo um funcionário da Vigilância Sanitária após realizar fiscalização na cidade do Rio é cadastrado no programa de auxílio emergencial do governo. Em uma reportagem exibida neste domingo no Fantástico, uma mulher ofende o superintendente da Educação e Projetos da Vigilância Sanitária do Rio, Flávio Graça. Após ele chamar seu marido de cidadão, a mulher dispara: "Cidadão não, engenheiro civil formado. Melhor do que você!". Graça é mestre e doutor pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
Uma rápida busca no Portal da Transparência da Controladoria-Geral da União mostra que o homem, de 43 anos, deu entrada no auxílio em maio e já recebeu a primeira parcela do benefício de R$ 600.
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Após a veiculação da reportagem, a entrevista rapidamente viralizou e gerou revolta de internautas nas redes sociais, assim como outros episódios em que fiscais foram destratados por pessoas que violavam recomendações médicas e sanitárias em áreas nobres da cidade. Na noite de sexta, pessoas que estavam bebendo na Avenida Olegário Maciel, na Barra da Tijuca, chegaram a cantar música em coro para zombar da fiscalização.
Nesta segunda-feira, após repercussão do caso, a empresa de transmissão de energia elétrica, Taesa, se manifestou através de uma nota oficial publicada em suas redes sociais e anunciou a demissão da mulher. "A TAESA tomou conhecimento do envolvimento de uma de suas empregadas em um caso de desrespeito às leis que visam reduzir o risco de contágio pelo novo coronavírus e compartilha a indignação da sociedade em relação a este lamentável episódio, sobretudo em um momento no qual o número de casos da doença segue em alta no Brasil e no mundo (...). Diante dos fatos expostos, a TAESA decidiu por sua imediata demissão", escreveu a empresa. 
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Contágio no Rio
O Rio de Janeiro tem mais de 10 mil mortes por coronavírus, com a maior parte dos casos concentrados na capital. O índice de letalidade da doença no Estado está em 8,79%. No último final de semana, foram aplicadas pela Vigilância Sanitária 132 multas em estabelecimentos que desrespeitavam as determinações de higiene e distanciamento social.
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*Estagiária sob supervisão.