Levantamento da Defensoria Pública do Rio aponta que mortes por covid-19 em todo o estado podem ser mais numerosas - Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Levantamento da Defensoria Pública do Rio aponta que mortes por covid-19 em todo o estado podem ser mais numerosasReginaldo Pimenta / Agência O Dia
Por O Dia

O Sindicato dos Médicos do Rio (Sinmed-RJ) informou, na última segunda, que os médicos ligados à saúde estadual decidiram estabelecer estado de greve por conta dos últimos acontecimentos que têm ocorrido na área, no Rio. O estado de greve é uma espécie de alerta dos trabalhadores aos patrões e governantes de que, a qualquer momento, poderá acontecer greve.

Segundo o presidente do Sinmed-RJ, Alexandre Telles, as principais reivindicações são: "A regularização dos salários e a contratação dos médicos por vínculos estáveis (CLT ou concurso público) e não por PJ". Além disso, o estado de greve está sendo promovido pelos médicos que que trabalham nos hospitais e nas unidades administradas pelas OSs. "Falo do Hospital Estadual Getúlio Vargas, dos hospitais da Baixada Fluminense, do hospital em São João de Meriti, das UPAs do Estado como em Copacabana, Botafogo, Taquara, Tijuca, entre outras", disse o presidente.

O Sindicato dos Médicos e os outros sindicatos da saúde estão há 2 meses tentando negociar com o Estado e com as OSs. "A gente sempre tenta ir primeiro pelo diálogo. Diante disso, a gente não viu outra alternativa a não ser declarar o estado de greve", relatou Telles.

O presidente do Sinmed-RJ afirmou que 1.800 médicos estão sendo afetados neste momento. "É uma situação desesperadora em que muitas pessoas só possuem um vínculo. Sem esse vínculo, elas acabam ficando sem salário. O Estado não tem priorizado o salário que é de natureza alimentícia e que deveria ser a maior prioridade", destacou Telles.

Em nota, o Sindicato dos Médicos do Rio revelou o motivo de ainda não ter entrado em greve. "Tentaremos negociações com o Governo do Estado e a ALERJ, e nova assembleia está convocada para quinta, às 18h, de maneira virtual por conta da pandemia".

A Secretaria Estadual de Saúde afirmou que "está empenhada em regularizar todos os contratos e também pagamentos dos salários em atraso dos profissionais da Saúde, não apenas dos médicos". Disse que "foram autorizados pagamentos para 37 das 40 unidades de saúde administradas por organizações sociais".

 

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