Prefeito Marcelo Crivella - Reprodução / Facebook
Prefeito Marcelo CrivellaReprodução / Facebook
Por Bernardo Costa

A Câmara Municipal do Rio decide, hoje, se abre processo de impeachment contra o prefeito Marcelo Crivella, por suposto crime de improbidade administrativa. O pedido foi protocolado pela deputada estadual Renata Souza (PSOL) como reposta à denúncia veiculada pela TV Globo, de que grupos organizados de servidores municipais são pagos pela prefeitura para constranger o trabalho da imprensa na porta das unidades de saúde do município e impedir que a população dê entrevistas. O grupo ficou conhecido como 'Guardiões do Crivella'.

A votação do pedido de impeachment está marcada para 15h, e a decisão será por maioria simples de votos. No total, 50 vereadores estão aptos a votar. A exceção fica por conta do presidente da Casa, Jorge Felippe (DEM), que está na linha sucessória para assumir a prefeitura, caso Crivella tenha o mandato cassado.

Segundo a Câmara Municipal, se o pedido de impeachment for aprovado, haverá sorteio, ainda na sessão de hoje, para a escolha de três vereadores que vão compor uma Comissão Processante. A comissão terá até cinco dias para intimar o prefeito a apresentar sua defesa, num prazo de 10 dias. Caso o processo de impeachment seja aprovado, em 90 dias haverá decisão final se Marcelo Crivella terá o mandato cassado ou se o processo será arquivado.

Em outra frente de atuação, o Ministério Público Estadual (MPRJ) instaurou inquérito civil para investigar supostos atos de improbidade administrativa pelo prefeito. Segundo o MPRJ, Marcelo Crivella foi intimado para prestar esclarecimentos no prazo de 20 dias. Dentre os requerimentos, o MPRJ quer que o prefeito esclareça a atividade realizada pelos agentes públicos citados nas reportagens, com o detalhamento das tarefas desempenhadas, remetendo a escala de trabalho dos servidores desde o início de sua nomeação para prefeito do Rio.

Já a Polícia Civil disse, ontem, que testemunhas estão sendo convocadas para prestar depoimento. As investigações do caso estão com a Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas (Draco), que desencadeou a operação Freedom, anteontem, quando foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão.

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