Eduardo Paes ficou indignado - Reprodução / Facebook
Eduardo Paes ficou indignadoReprodução / Facebook
Por O Dia
Rio - Ex-prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes foi alvo de um mandado de busca e apreensão na manhã desta terça-feira, em sua casa, em São Conrado, na Zona Sul. O ex-parlamentar foi denunciado pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaeco), junto à 204ª Zona Eleitoral, com mais quatro pessoas. As informações são da GloboNews.
Condomínio do Eduardo Paes, em São Conrado, Zona Sul do Rio - Estefan Radovicz / Agência O Dia
A Justiça aceitou denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e tornou Paes réu pelos crimes de corrupção, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Os agentes realizaram a ação na casa e, por volta das 7h30, saíram com documentos.
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O juiz Flávio Itabaiana Nicolau, titular da 27ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, expediu o mandado.
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Em nota, a assessoria do ex-prefeito afirmou que Eduardo Paes está indignado que tenha sido alvo de uma ação de busca e apreensão "em uma tentativa clara de interferência do processo eleitoral - da mesma forma que ocorreu em 2018 nas eleições para o governo do estado".
Ainda segundo a assessoria, a defesa não teve acesso aos termos da denúncia e assim que tiver detalhes do processo irá se pronunciar.
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Candidatura oficializada
Em convenção virtual, o DEM oficializou na última quarta-feira a candidatura de Paes para a Prefeitura do Rio. A vaga de candidato a vice-prefeito ainda é negociada com aliados.
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O Cidadania é a única legenda que já tornou oficial o apoio a Paes, que conversa também com outros partidos.
Entenda a denúncia
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No dia 17 de julho, o Ministério Público Eleitoral denunciou o ex-prefeito pelo recebimento de vantagens indevidas no total de aproximadamente R$ 10,8 milhões, mediante entregas de dinheiro em espécie por operador financeiro a serviço do Grupo Odebrecht, destinadas ao financiamento de sua campanha eleitoral de reeleição à Prefeitura do Rio de Janeiro no ano de 2012, com recursos não contabilizados oficialmente.
Além do ex-prefeito, foram denunciados o deputado federal Pedro Paulo e os empresários Benedicto Barbosa da Silva Junior, Leandro Andrade Azevedo, Renato Barbosa Rodrigues Pereira e de Eduardo Bandeira Villela.
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Ainda segundo a denúncia, o deputado federal e então chefe da Casa Civil da Prefeitura do Rio de Janeiro Pedro Paulo Carvalho Teixeira, coordenador da campanha eleitoral de Eduardo Paes, embora plenamente ciente da natureza ilícita dos pagamentos recebidos, encarregou-se de gerenciar o recebimento da vantagem indevida, especificando a forma como seria destinada e indicando os responsáveis por sua arrecadação.  
A denúncia é de origem de um desmembramento do inquérito instaurado em abril de 2017 perante o Supremo Tribunal Federal (STF), para apuração dos crimes de corrupção passiva e corrupção ativa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, supostamente praticados nas campanhas eleitorais de 2010, 2012 e 2014, pelo ex-prefeito Eduardo Paes e pelo deputado federal Pedro Paulo. 
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