Relator vota por continuidade de processo de impeachment de Witzel na Alerj; acompanhe votação ao vivo
Para o processo ser admitido, são necessários 13 votos, maioria simples da comissão especial do impeachment; deputados votam durante esta tarde
Por O Dia
Rio - O relator do processo do impeachment do governador afastado Wilson Witzel na Assembleia Legislativa (Alerj), Rodrigo Bacellar (SDD), leu seu parecer favorável à admissibilidade do processo no início da tarde desta quinta-feira. A comissão está reunida para ler e votar o parecer desde as 11h45 da manhã.
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Comissão decide por prosseguimento de processo de impeachment de Wilson Witzel
Cléber Mendes / Agência O DIA
Rodrigo Bacellar (SD) lê parecer em comissão especial de impeachment de Wilson Witzel
Reprodução/ TV Alerj
Comissão discute e vota relatório sobre impeachment de governador afastado Wilson Witzel
Cléber Mendes/ Agência O DIA
Sessão começou por volta das 11h45 desta quinta-feira
Reprodução / TV Alerj
Witzel está afastado do cargo e sofre processo de impeachment na Alerj
Cléber Mendes
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Bacellar votou pela abertura do processo do impeachment. Os demais integrantes da comissão deverão votar se acompanham o relator no voto ou não.
"Entendo ser imperioso o prosseguimento do processo de impeachment para que os fatos sejam esclarecidos. O seguimento do processo é o caminho mais benéfico para o Estado do Rio de Janeiro. Ante os fatos e fundamentos apresentados, deve a Alerj dar prosseguimento de impeachment? A meu sentir, não existe outra resposta senão a de que o processo de impeachment deve prosseguir", concluiu o relator, citando indícios de crime de responsabilidade por parte do governador Wilson Witzel.
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Os deputados discutem o voto do relator e, em seguida, proferem seus votos.
A tendência é que os deputados aprovem o texto de Bacellar com folga - são necessários 13 votos, maioria simples da comissão especial do impeachment, que tem 25 membros. Uma vez aprovado na comissão, o relatório será levado aos 70 deputados, na próxima semana, para votação em Plenário.
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No plenário, é necessária maioria qualificada, ou seja, dois terços dos votos dos deputados, para que o processo avance. Se houver 47 votos em plenário pelo impeachment, será formada, em seguida, uma comissão mista composta por parlamentares e desembargadores para analisar o impedimento.
Witzel é acusado de praticar atos de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As primeiras suspeitas começaram na Saúde durante a pandemia da covid-19.
No relatório, Bacellar destacou principalmente os momentos em que o governador afastado teria atuado para firmar contratos com as organizações sociais Unir Saúde e Iabas, acusadas de terem como sócio o empresário Mário Peixoto, pivô de recentes denúncias de corrupção na pasta.
A defesa do governador foi apresentada à comissão no início deste mês. Na tentativa de convencer os deputados, Witzel enviou ontem um vídeo em que faz um apelo para que a Casa o deixe permanecer no cargo.
Com trilha sonora dramática, Witzel sobe o tom quando diz que foi afastado do cargo "sem direito de defesa", chama de "levianas" as acusações do Ministério Público Federal (MPF) e afirma que, no governo, combateu a corrupção e o crime organizado.
"Todas as acusações levianas contra mim serão desmascaradas, mas até o presente momento não tive meu direito de defesa", afirma o governador afastado.
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"Peço ao povo do Rio de Janeiro e ao parlamento que não deixe isso (afastamento) acontecer. O governador Wilson Witzel precisa terminar o seu mandato", pediu.