Primeira vacina disponível para o público pode ser chinesa - Divulgação
Primeira vacina disponível para o público pode ser chinesaDivulgação
Por Maria Clara Matturo*

Em mais uma conquista para a Zona Oeste, Santa Cruz vai receber a maior fábrica de vacinas da América Latina. O projeto é uma parceria entre a Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que fecharam um acordo para a instalação do Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde, no Distrito Industrial de Santa Cruz.

Com previsão de inauguração para 2023, o complexo será responsável por toda a produção de vacinas da Fiocruz, inclusive da tão sonhada vacina contra a covid-19, quando estiver aprovada. A unidade terá capacidade para produzir mais de 100 milhões de frascos de vacinas e biofármacos por ano, e vai contar com uma área de mais de 500 mil metros quadrados. A construção de toda essa estrutura deve gerar cerca de cinco mil empregos diretos.

Para Fábio Galvão, presidente da Codin, a criação do complexo será um marco importante para o desenvolvimento industrial do Rio. "Onde há uma indústria hoje, haverá outras chegando num futuro próximo, porque essas operações envolvem toda uma cadeia de produtores de insumos e fornecedores de materiais. Vamos reindustrializar o estado, promovendo todo um ciclo virtuoso", afirmou Fábio. Segundo o presidente, o apoio ao projeto da Fiocruz deve gerar 1.800 empregos de alta qualificação, com bons salários.

Segundo o governador em exercício Cláudio Castro, o desenvolvimento do espaço fortalece o setor fluminense de biotecnologia, além de atrair investimentos para a cidade. "A construção dessa fábrica, resultado de uma parceria com o governo federal, consolida a tradição do estado do Rio de Janeiro no setor de biotecnologia e tem potencial para atrair investimentos e emprego".

Ao todo, o complexo terá nove prédios, entre setores de embalagem, processamento, armazenamento de insumos e produtos finais, controle e garantia de qualidade e centrais de tratamento. O projeto, que foi lançado em 2010, já teve R$ 1 bilhão do governo federal investidos em terraplanagem, estaqueamentos de toda a área, construções dos blocos e cintas e aquisição de equipamentos.

Estudo testa eficácia da BCG contra o coronavírus
Pesquisadores de todo mundo tentam decifrar o coronavírus
Pesquisadores de todo mundo tentam decifrar o coronavírusPeter Ilicciev/FioCruz
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Durante o mês de outubro, a Fiocruz vai fazer testes para checar a eficácia da vacina para a tuberculose (BCG), contra o vírus causador da covid-19. Cerca de três mil profissionais da saúde, que ainda não foram contaminados pelo coronavírus, serão vacinados. Os estudos que serão realizados no Mato Grosso do Sul e no Rio de janeiro contam com o apoio do Instituto de Pesquisa Infantil Murdoch da Austrália.
Outros países, como a Espanha, Austrália e Reino Unido, também estão realizando testes usando a BCG, com apoio da Organização Mundial da Saúde. Desde 1976 a vacina contra tuberculose é obrigatória no Brasil, e já é responsável por imunizar as formas mais graves da doença. A recomendação é que seja aplicada em recém-nascidos e crianças de até quatro anos.
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