Maria da Guia Marques dedica à feira 35 anos, dos seus 60 de vida - Estefan Radovicz / Agência O Dia
Maria da Guia Marques dedica à feira 35 anos, dos seus 60 de vidaEstefan Radovicz / Agência O Dia
Por Letícia Moura*
Há mais de sete décadas a Feira de São Cristóvão mantém a tradição nordestina pulsando nos corações de quem visita o local, na Zona Norte do Rio. Amanhã, o Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas (CMLGTN) completa 75 anos sem as comemorações tradicionais, mas, sim, seguindo as Regras de Ouro. E, como de costume, não faltará diversão, comida típica, temperos da culinária regional, artesanato e objetos do folclore nordestino. Por ora, os karaokês estão suspensos e os casais não estarão riscando o salão ao som do forró, mas as lives temáticas prometem animar a galera até o fim do ano.

Pela primeira vez na história da Feira de Tradições Nordestinas, uma mulher e ex-feirante está à frente da gestão do local. Magna Fernandes fala de sua experiência. "Parece que foi ontem que eu puxava lona e hoje estou como gestora. É um desafio diário, uma responsabilidade, que eu encaro de frente. Estamos no clima da reabertura e seguindo as Regras de Ouro da Prefeitura. Essa retomada e reabertura nos enche de orgulho e uma certeza: temos muito trabalho pela frente", afirma Fernandes.

A comerciante Maria da Guia Marques, de 60 anos, dedica 35 anos ao trabalho na feira e fala do seu orgulho e gratificação em fazer parte dessa história. "É muito carinho e amor que sinto pela feira. É mais que uma vida. Eu comecei na feira vendendo pão caseiro, trabalhava lá fora, puxando lona". Durante 58 anos, a feira ficava no entorno do Campo de São Cristóvão, sem a atual estrutura que representa um chapéu.

O espaço fica aberto ao público na sexta das 10h às 20h, no sábado das 10h às 22h e no domingo de 10h às 20h.
*Estagiária sob supervisão de Gustavo Ribeiro