Por O Dia
Nas duas últimas votações na Câmara Municipal do Rio relacionadas à abertura do processo de impeachment do prefeito Marcelo Crivella, alguns vereadores não exerceram o seu direito de voto, e essa omissão acabou chamando a atenção. Para esclarecer o motivo de suas ausências nas votações no caso dos ‘Guardiões do Crivella’ e no ‘QG da Propina’, a reportagem do O DIA procurou os vereadores que não marcaram presença para ouvir as suas explicações.

No último dia 3, quando ocorreu a votação devido ao caso dos ‘Guardiões do Crivella’, os vereadores Paulo Messina (MDB), Luiz Carlos Ramos Filho (PMN) e Rosa Fernandes (PSC) votaram a favor da abertura do processo de impeachment. Porém, no último dia 18, na votação sobre o caso do ‘QG da Propina’, eles sequer votaram a favor ou contra.

Questionada sobre a ausência, a assessoria de Paulo Messina afirmou que, no mesmo horário da votação, o vereador estava prestando depoimento como testemunha no Ministério Público, justamente sobre o caso do ‘QG da Propina’ e que, por isso, não conseguiu votar. Além disso, Messina contou que se tivesse tempo “votaria duas vezes (contra Crivella)”.

Já a assessoria de Luiz Carlos Ramos Filho afirmou que o vereador vem apresentando sintomas de Covid-19 e febre e, por isso, está em isolamento em casa. Questionado sobre por que não participou da sessão de forma virtual assim como outros vereadores fizeram, Ramos disse “como já havia me posicionado a favor do impeachment anterior, que não passou, achei melhor deixar que a população decida sobre a Gestão Crivella nas eleições, daqui a menos de dois meses”, explicou Ramos.

Enquanto isso, a assessoria Rosa Fernandes explicou que “a vereadora foi fazer um exame, às 10:30h da manhã de quinta-feira (dia da votação), e verificaram um problema novo no coração. Ficou internada e foi submetida à uma angioplastia. Deve ter alta do hospital neste domingo”.

Já os vereadores Thiago K. Ribeiro (DEM) e Junior da Lucinha (PL) não votaram em nenhuma das últimas duas sessões de abertura de impeachment. De acordo com Ribeiro, sua dupla ausência deve-se ao fato de “a abertura de um processo de impeachment às vésperas das eleições serviria apenas para dar palanque para um ou outro candidato”. A assessoria de Junior da Lucinha foi procurada, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria. O mesmo ocorreu com a assessoria do vereador Marcelo Arar (PTB), que votou contra a abertura do processo de impeachment no dia 3 e se ausentou na última quinta-feira.