Sebastião Gabriel Pereira, de 73 anos, lamenta alagamento no Jardim Maravilha - Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Sebastião Gabriel Pereira, de 73 anos, lamenta alagamento no Jardim MaravilhaReginaldo Pimenta / Agência O Dia
Por *Letícia Moura
Rio - Mesmo depois que o temporal cessou, os moradores de Vargem Grande e Jardim Maravilha, em Guaratiba, na Zona Oeste padecem com ruas e casas alagadas. Dentro de casa, com os pés na água desde ontem, o aposentado Sebastião Gabriel Pereira, de 73 anos, lamenta que o Jardim Maravilha esteja largado ao acaso. Há 15 anos vivendo no local, segundo ele, os políticos aparecem apenas para pedir voto, na época das eleições, e depois somem. Lá, nem saneamento básico existe. O idoso também lembra que a região necessita do desassoreamento do Rio Cabuçu. 

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Jardim Maravilha, em Guaratiba Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Walter Souza, morador do Jardim Maravilha Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Carros tiveram dificuldade para passar em via Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Rua Vereador Alceu de Carvalho Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Sebastião Pereira. Há 15 anos vivendo no local, segundo ele, os políticos aparecem apenas para pedir voto, na época das eleições, e depois somem. Lá, nem saneamento básico existe Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Jardim Maravilha ficou alagado pelas chuvas Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Região de Guaratiba ficou alagada pela força das chuvas Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Região de Guaratiba ficou alagada pela força das chuvas Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Sebastião Gabriel Pereira, de 73 anos, lamenta alagamento no Jardim Maravilha Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Via ficou alagada por conta das chuvas Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Rua Vereador Alceu de Carvalho Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
“Meu quintal está cheio d'água. No Jardim Maravilha, infelizmente não tem nem saneamento básico. De Santa Cruz pra cá, é essa bagunça generalizada. É uma pouca vergonha, entra e sai político, mas ninguém faz nada por nós. Eu moro num chiqueiro, choveu, o Maravilha vira uma desgraça", desabafou Pereira, acrescentando que, em 2018, perdeu todos os móveis por causa de uma enchente. 
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Walter de Souza Júnior, de 35 anos, morador do Jardim Maravilha há 22 anos, compartilha do mesmo sofrimento: o problema crônico das enchentes. "O prefeito Marcelo Crivella já veio aqui, prometeu obra para todos nós, mas nada aconteceu. De novo, o povo fica entregue ao deus-dará. Lama na porta de casa, vem chuva e a gente perde tudo. Como que o cidadão vive dessa forma? Como, em pleno século 21?", questionou. 
Assista ao vídeo:
Na Estrada do Rio Morto, em Vargem Grande, na manhã desta quarta-feira a água também não havia escoado. "Normalmente, a região fica intransitável após as chuvas. O nível do rio sobe, a rua fica toda encoberta e somente carros grandes e caminhões conseguem passar. É um problema recorrente nessa região", explicou o pastor Washigton Campello, morador da Barra que trabalha em Vargem Grande, e passa pelo local diariamente.  
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Em nota, a prefeitura informou que "a Rio-Águas, para melhorar a eficiência da macrodrenagem local, concluiu serviços de desassoreamento de canais em Jardim Maravilha, em julho deste ano, para dar mais fluidez às águas das chuvas na região. Foram retiradas mais de 10 mil toneladas de material assoreado dos canais, que representam mais de 590 caminhões, desde março de 2019. Importante lembrar que o loteamento do Jardim Maravilha encontra-se em cota baixa, na mancha de inundação do Rio Cabuçu-Piraquê".

*Estagiária sob supervisão de Thiago Antunes