A engenheira Patrícia Amieiro desapareceu em 2008, na Barra - Arquivo Pessoal
A engenheira Patrícia Amieiro desapareceu em 2008, na BarraArquivo Pessoal
Por O Dia
Rio - Depois de 12 anos desaparecida, uma nova testemunha pode ajudar a esclarecer o caso Patrícia Amieiro. Segundo o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), um homem, que não teve a identidade revelada, prestou depoimento nesta terça-feira, sobre o sumiço da engenheira. 
O MPRJ, disse ainda que embora já tenha ocorrido o julgamento do caso, a decisão ainda não é definitiva e que o processo não terminou, tendo em vista que houve recurso por parte da família da vítima. A decisão de júri popular, que ocorreu no dia 9 de dezembro de 2019, condenou dois PMs apenas por fraude processual e ambos foram absolvidos da acusação de tentativa de homicídio.
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Na ocasião, os policiais militares Marcos Paulo Nogueira Maranhão e William Luís Nascimento foram condenados a três anos de prisão por fraude processual. Também acusados, os PMs Fábio Silveira Santana e Marcos Oliveira foram absolvidos.
O caso
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Patrícia Amieiro está desaparecida desde junho de 2008, quando tinha 24 anos. Na ocasião, ela voltava de carro de uma festa no Morro da Urca, na Zona Sul do Rio. A engenheira seguia para casa, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, quando, na saída do Túnel do Joá, o veículo dela teria sido confundido com o de um traficante e PMs atiraram.

O automóvel foi encontrado a poucos metros de distância no Canal de Marapendi. Para o Ministério Público estadual (MPRJ), que acusa os PMs, o corpo da engenheira foi retirado do veículo, que foi jogado no canal pelos policiais para encobrir o crime. Ela foi declarada morta em 2011.

O caso foi tratado inicialmente como acidente de carro com desaparecimento do corpo, mas passou a ser visto como homicídio, após peritos encontrarem marcas de tiros no automóvel.