Vereadores se desentendem no primeiro encontro da CPI. Aliados de Crivella reclamaram de falta de público - Ascom/CMRJ
Vereadores se desentendem no primeiro encontro da CPI. Aliados de Crivella reclamaram de falta de públicoAscom/CMRJ
Por O Dia
Rio - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que irá investigar o grupo que ficou conhecido como "Guardiões do Crivella" será composta por aliados do prefeito do Rio, Marcelo Crivella, de acordo com o que ficou decidido nesta quarta-feira. Em uma manobra da base do prefeito, a comissão será presidida pelo líder do bloco governista, vereador Jorge Manaia (PP), e a relatoria ficará a cargo do Bispo Inaldo Silva, do partido de crivella, o Republicanos. 
“Há uma tradição na Câmara de que o vereador que propõe a CPI é escolhido presidente. Como esta comissão é formada por maioria governista, esta tradição não foi respeitada. Mas não há problema. Não deixarei de fazer o meu trabalho. Vou investigar a fundo os Guardiões do Crivella, como fiz na CPI da Comlurb”, diz Teresa Bergher (Cidadania), que propôs a CPI. 
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A CPI dos "Guardiões do Crivella" foi proposta por Teresa Bergher com a finalidade de investigar o grupo que atua para impedir reportagens e a divulgação de ações negativas à atual gestão da prefeitura. Por decisão da presidência da câmara, o bloco governista ficou com três cadeiras da comissão: Jorge Manaia, Bispo Inaldo Silva e Felippe Michel, do PP, que também compõe a base.
Inicialmente, o indicado para a cadeira de Michel seria João Mendes de Jesus (Republicanos), mas ele deixou a CPI por fazer parte do próprio grupo de WhatsApp "Guardiões do Crivella". 
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Os outros dois integrantes são os oposicionistas Teresa Bergher e Átila Nunes (DEM), que fez um requerimento para tentar alterar a formação da CPI. O requerimento teve três votações. Por fim, o presidente da Câmara, Jorge Felippe, anulou as duas votações em que o requerimento foi aprovado e ficou valendo a votação que deu empate.
“Como é do presidente o voto de minerva, Felippe votou contra o requerimento e arquivou a tentativa da oposição de que fosse adotado um critério mais justo na formação da CPI. Lamentável. Mas vamos fazer um trabalho rigoroso”, afirmou Teresa.
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A primeira reunião de formação da CPI, na semana passada, terminou em bate-boca entre Manaia e a oposição. Os governistas se retiraram da sala e derrubaram o quórum da sessão. “Foi vergonhosa a forma como atuaram para atrapalhar o trabalho da comissão”, lamentou Átila Nunes.