As apurações revelaram, segundo o MPF, e a PF ainda que os integrantes da organização criminosa chegaram a cooptar colaboradores da Operação Titanium, oferecendo auxilio financeiro para que esses os protegessem naquela investigação, omitindo as informações que detinham acerca da participação dos empresários nas fraudes envolvendo a Gerência de Saúde dos Correios.
Ainda de acordo com as investigações, foi identificada a participação de dois advogados que integravam a organização criminosa, se dedicando a buscar oportunidades para a cobrança de vantagens indevidas dos investigados e potenciais investigados nas apurações conduzidas no Núcleo de Repressão a Crimes Postais, inclusive de seus clientes, para que fossem protegidos nas investigações, sendo que os valores de propina pagos pelos empresários eram normalmente partilhados em partes iguais entre os agentes públicos e os intermediários, incluindo os advogados que atuavam no esquema.
Após os pagamentos de vantagens indevidas, alguns empresários mantiveram contato com os delegados de Policia Federal, chegando a realizar pagamentos mensais de propina aos delegados para que estes ampliassem a proteção concedida, buscando informações antecipadamente sobre operações policiais ou investigações que pudessem alcançar os seus novos “empregadores” e intercedendo junto a outros delegados que presidissem investigações de interesse dos empresários.