Vitor Martins da Cunha - Arquivo Pessoal
Vitor Martins da CunhaArquivo Pessoal
Por Larissa Amaral
Vitor Martins da Cunha, 34 anos, foi absolvido nesta terça-feira após quase um ano aguardando o julgamento em liberdade. Em novembro de 2019, o pedreiro foi preso injustamente depois que um carro de aplicativo foi assaltado por dois criminosos, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio.
"Agora eu estou me sentindo bem, já que, graças a Deus, a minha inocência foi comprovada. Eu não tive nada a ver com o crime e, como fui absolvido do caso, não preciso provar mais nada. Eu estou livre", comemorou Vitor. 
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Com a absolvição, Vitor contou que pretende voltar a estudar. "Tudo na minha vida mudou depois disso. Vou levar a minha vida o melhor possível. Pretendo fazer um curso de refrigeração, para melhorar um pouco mais meu currículo. Lá na frente, também quero fazer faculdade de Engenharia Civil", afirmou o pedreiro.
Vitor ainda disse que não chegou a perder clientes durante o período em que foi acusado. "Meus clientes sabem da minha índole e, por isso, continuei a trabalhar com eles normalmente. Ninguém ficou desconfiado de mim e eu consegui tocar a vida nesse meio tempo", lembrou.
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Na época do crime, ele foi acusado de roubo e ficou preso por 19 dias no Presídio Tiago Teles, em São Gonçalo. Ao O Dia, Vitor explicou que tentou ajudar os dois jovens que pararam para pedir informação na rua. "Eles disseram que moravam em Sepetiba e não sabiam como voltar para casa. Pediram para eu chamar um carro no aplicativo, com o pagamento em dinheiro. Eu tive a intenção de ajudá-los", lembrou Vitor. "Não tive nenhuma participação no assalto. Quando os policiais chegaram para me levar, eu nem entendi por que estava sendo preso", se defendeu.
Quando Vitor foi preso, a família dele foi atrás de provas que pudessem mostrar que ele não estava envolvido no crime. Os familiares recolheram imagens de câmeras de segurança e declarações de empregadores para tentar provar que Vitor não tinha relações com os golpistas.