Village Pavuna, na Zona Norte do Rio  - Reprodução Facebook
Village Pavuna, na Zona Norte do Rio Reprodução Facebook
Por O Dia
Rio - A Polícia Civil informou, nesta quinta-feira, que alguns moradores do condomínio Village Pavuna, na Zona Norte do Rio, foram os responsáveis por impedir e ameaçar uma equipe da Naturgy de realizar reparos na tubulação de gás e não traficantes, como alguns residentes do local haviam relatado. 
De acordo com a polícia, uma mulher, que teria feito uma ameaça, foi conduzida à delegacia. Moradores do condomínio haviam denunciado criminosos por estarem tentando impor a venda de botijões após, no último sábado, técnicos da concessionária serem ameaçados de morte e impedidos de atuar. 
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Por volta de 12 mil moradores estão sem gás no local desde segunda-feira. No local, há 30 prédios e 3,8 mil apartamentos, próximo ao Complexo do Chapadão. "Visando a segurança dos clientes e do entorno, a Naturgy interrompeu o fornecimento de gás do condomínio. Vale ressaltar que o gás fornecido pela concessionária neste condomínio era GLP e portanto, em substituição, os moradores podem utilizar botijão de gás sem a necessidade de adaptar o fogão", informou a empresa, em nota, ontem. 
Em entrevista ao Bom Dia, da TV Globo, delegado André Leiras, da Delegacia de Serviços Delegados (DDSD), negou que a ação do tráfico e disse que a empresa informou que sofre com clientes inadimplentes no local.
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“O corte não foi promovido por traficantes com objetivo de assumir o controle da venda de gás. Esse corte foi deliberadamente feito pela Naturgy mediante a notícia do vazamento de gás ocorrida no sábado e eles foram impedidos de fazer o reparo. Esse impedimento se deu pelos próprios moradores daquele condomínio. A Naturgy documentou no inquérito policial que possui um grande número de clientes inadimplentes, soma-se mais de 70% daqueles clientes e toda vez que ela é demandada a ir naquele condomínio fazer reparos ou desligamentos, uma porção desse número repele com ameaças os técnicos, que são obrigados a se retirarem do local”, relatou o delegado à reportagem.
Em nota, nesta quinta-feira, a concessionária informou que representantes da empresa estão se reunindo com órgãos da segurança pública do Estado do Rio de Janeiro para, juntos, encontrarem uma solução para o problema.
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PM fez operação no local
Após as denúncias de que criminosos estariam impedindo o trabalho das equipes, a Polícia Militar fez uma operação na região da Pavuna e do Complexo do Chapadão com o intuito de garantir o acesso de serviços públicos.
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A atuação nestas áreas contou com o 41°BPM (Irajá), os batalhões subordinados ao 2° Comando de Policiamento de Área, o Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidões (RECOM) e as unidades do Comando de Operações Especiais (COE) - Batalhão de Ações com Cães (BAC), Batalhão de Polícia de Choque (BPChq), Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e Grupamento Aeromóvel.

De acordo com a corporação, no Complexo do Chapadão, equipe do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) abordou um indivíduo em uma motocicleta trafegando de forma suspeita. Durante a abordagem, uma pistola calibre 9 mm foi localizada e apreendida. Também nesta região, policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foram recebidos a tiros e reagiram, segundo a PM. Após cessar o confronto, um suspeito foi localizado ferido, sendo socorrido, e um fuzil foi apreendido.