Mãe de Marco André, Flávia Lacerda Pimentel, no IML para liberação de corpo - Reginaldo Pimenta
Mãe de Marco André, Flávia Lacerda Pimentel, no IML para liberação de corpoReginaldo Pimenta
Por O Dia
Rio - A mãe de Marco André Lacerda de Paula, Flávia Lacerda Pimentel, morto com dois tiros no rosto na noite de domingo na Linha Amarela, já havia perdido um filho para um câncer, quando este tinha apenas 11 anos. O sepultamento do motorista de aplicativo de 24 anos apaixonado por carros foi marcado para as 14h de terça-feira (27) na Capela 7 do Cemitério da Penitência, no Caju, Zona Norte do Rio.
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A Polícia investiga a morte. Segundo amigos da vítima, o condutor de uma BMW fechou o carro em que Marco André estava com um casal de amigos na saída 3 da Linha Amarela, abaixou o vidro e efetuou dois disparos no rosto do jovem, que morreu na hora. Parentes e amigos descrevem Marco André como calmo, negam a versão de que houve briga de trânsito e dizem que ele não possuía desafeto. 
O autor dos disparos não foi identificado. 
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Marco André voltava de um evento de carros antigos na Barra da Tijuca e estava com um casal de amigos no carro, segundo o tio da vítima Marcos Vinicius Lacerda de Paula. O jovem é descrito pelo parente, como uma pessoa tranquila.
"Calmíssimo, muito tranquilo. Trabalhava e tinha sonhos. Um excelente filho, neto e sobrinho", diz Marcos Vinicius. A vítima trabalhava como motorista de aplicativo. E morava com a noiva. "Está todo mundo chocado e perplexo com o que aconteceu", acrescenta.
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Marco André estava no Engenho de Dentro, perto de casa, quando foi morto. Apaixonado por automobilismo, havia comprado o carro, um CheryQQ vermelho, há dois meses, segundo o tio. " O sonho dele era viver feliz com a esposa, melhorar o carrinho dele. Nunca se envolveu em briga nenhuma (de trânsito). Estava no melhor momento da vida dele", afirma o tio.
Amigo de Marco André, Yuri Oliveira, recebeu informações da ocorrência por meio de um grupo de amigos do WhatsApp. Ele também participa do encontro de carros do qual a vítima voltava. "A questão que está sendo apurada na DHC é que a pessoa sabe atirar porque o tiro foi certeiro. Pegou o nosso amigo, que estava no carona e não atingiu a mais ninguém. Não houve discussão. O veículo e a pessoa são desconhecidos. Tanto que a pessoa ainda não foi identificada e dali seguiu adiante", conta.
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Yuri também descreve a vítima como uma pessoa calma. "Não tinha problema com ninguém. Era uma pessoa de coração limpo. Meu amigo desde os 15 anos de idade", ressalta.
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Familiares realizaram o reconhecimento do corpo no Instituto Médico Legal (IML) na manhã desta segunda-feira. 
Um áudio que circula em grupos de WhatsApp aponta que houve desentendimento."Omoleque tava vindo, pediu passagem pra BM (BMW), daí a BM deu passagem pra ele, quando ele foi passar, a BM fechou ele. Ele cortou o maluco da BM, diminuiu pra sair na (saída) 3 da Amarela. Quando tava saindo, o maluco parou do lado dele. Um falou gracinha para o outro. O maluco apontou a arma e deu dois tiros no moleque", diz o relato.
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A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que, no domingo, equipes do 3ºBPM (Méier) realizavam patrulhamento na Rua Guineza,saída da Linha Amarela, quando se depararam com um veículo que colidiu com a mureta após indivíduos terem atirado contra o motorista. A área foi isolada e a perícia acionada. Ocorrência encaminhada para a DH.
De acordo com informações da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), as investigações estão em andamento para apurar a morte de Marco André Lacerda de Paula. A perícia foi realizada no local e os policiais realizam diligências para identificar a autoria do crime.
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A Lamsa, que administra a Linha Amarela, disse que irá colaborar com as investigações, caso solicitada pela polícia.