Pacientes fazem fila para buscar informações no Hospital Federal de Bonsucesso - REGINALDO PIMENTA/AGÊNCIA O DIA
Pacientes fazem fila para buscar informações no Hospital Federal de BonsucessoREGINALDO PIMENTA/AGÊNCIA O DIA
Por Carolina Freitas
Rio - Mais de 48 horas após o incêndio que atingiu o Hospital Federal Bonsucesso (HFB), na Zona Norte do Rio, familiares continuam recebendo informações desencontradas sobre a continuação do tratamento de pacientes. A manicure Cíntia de Oliveira Pereira, 30 anos, estava com o sogro de 62 anos internado há duas semanas para tratar um câncer e, após o incêndio na unidade, ele foi levado para a FioCruz. Após a transferência de urgência, ela alegou que a direção do hospital ligou para buscar o paciente porque a unidade está tratando apenas de covid-19, e não do problema dele.
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"Como que transferiram ele para um hospital que não cuida disso? Ele precisa de um acompanhamento, até porque sente muita dor, não se alimenta direito. A situação está complicada. Eu perguntei para o médico que deu alta para ele se vão passar algum medicamento, ele falou que não, porque lá não tem essa especialidade. Como eu vou levar uma pessoa assim para casa?", questionou a manicure.
Cíntia relata ainda que tem medo de não conseguir cuidar do sogro em casa por causa das condições que ele se encontra. "Os próprios médicos do Hospital de Bonsucesso alegaram que ele precisa ficar internado para ter acompanhamento. Eles tinham que transferir ele logo. A direção do HFB ligou para a FioCruz e eles aceitaram fazer o tratamento, como agora liberam o paciente nesse estado? Disseram que vão entrar em contato comigo depois, mas enquanto isso meu sogro vai ficar em casa podendo correr o risco de morrer. É triste, a saúde dele é bem precária. A família sofre junto", finalizou.
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Procurada, a assessoria do Ministério da Saúde ainda não se pronunciou sobre o caso.