
O texto cita a diretora do hospital, Cristiane Rose Jourdan, e questiona os atos e omissões da médica, o que, segundo Sandro Alex de Oliveira Cezar, presidente do Sintsaúde, teria ocasionado o incêndio.
"Não podemos considerar que o que houve foi um acidente. O incêndio é resultado da atual política administrativa que é praticada nesta unidade hospitalar. Apesar de todas as denúncias que já vinham ocorrendo, não foram capazes de tomar medidas preventivas efetivas e necessárias para evitar esta situação que chegou".
Sandro Cezar ressalta ainda a responsabilidade e riscos aos quais os pacientes internados na unidade foram submetidos.
"Esses pacientes correram risco no local e ao serem transferidos. Todos sabem que o hospital já havia sido notificado e que não tinha aprovação do Corpo de Bombeiros para funcionar. Inclusive, havia um relatório, que foi entregue à diretoria, que alertava para o risco de incêndio e isso foi ignorado".
Ato público na porta do hospital
Médicos, enfermeiros e servidores do Hospital Federal de Bonsucesso realizaram uma manifestação nesta terça-feira na entrada principal da instituição. Com cartazes de “não à privatização do SUS” e “saúde não é mercadoria”, os manifestantes temem o fim de parte dos atendimentos, com a suspensão temporária de algumas especialidades e a transferência de médicos e enfermeiros para outras unidades de saúde.
O ato público, que promoveu um abraço à instituição, foi realizado um dia antes da abertura parcial do hospital. Segundo o Ministério da Saúde, os prédios 3, 4, 5 e 6, que não foram atingidos no incêndio que aconteceu há uma semana, reabrem nesta quarta-feira.