Fernando Ignacio foi morto dentro da Heli-Rio, no Recreio - Luciano Belford/Agência O Dia
Fernando Ignacio foi morto dentro da Heli-Rio, no RecreioLuciano Belford/Agência O Dia
Por Bernardo Costa
Rio - Policiais da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) identificaram duas câmeras de segurança nos fundos do terreno baldio vizinho ao Heli-Rio, na Avenida das Américas, Recreio dos Bandeirantes, onde o contraventor Fernando Iggnácio foi morto no início da tarde desta terça-feira. O local, de terra batida e com pouco movimento, foi a provável rota de fuga dos assassinos de Iggnácio, atingido por disparos à curta distância.
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O atirador teria acessado o terreno, que fica ao lado do estacionamento da empresa e efetuado os disparos à curta distância por cima de um muro. Ele estaria encapuzado e usando arma longa.
Uma testemunha que estava na Avenida das Américas contou que ouviu pelo menos 10 disparos. E que os tiros começaram pouco depois de ter ouvido o barulho de um helicóptero pousando no local. "Tive que me jogar no chão. Não cheguei a ver os bandidos. Não vi nada. Foi assustador", contou.
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Parte da rua que dá acesso ao terreno do heliporto tem um portão que, segundo policiais que estão no local, têm sinais que levam a crer pode ter sido arrombado. Além deste portão, a cerca de 150 metros ao lado há outro portão, que também está aberto. Ambos os portões dão acesso ao terreno baldio, na Rua 15 de Novembro ou Rua Professora Luiza Nogueira Gonçalves.
Segundo um homem que está no local e disse que toma conta do terreno, de propriedade particular, com área total de 15 mil metros quadrados, os bandidos podem ter acessado o terreno pela portão da frente, após terem destruído parte dele.
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"O portão inteiro estava intacto na parte da manhã. Após os tiros, que acredito terem sido de fuzil, eu vim verificar e vi que uma parte do portão estava destruída. Pode ter sido por onde eles entraram. Acredito que eles tenham saído pelos fundos do terreno e aí pulado o muro dos fundos. Pois aqui pela frente é muito movimentado. E lá atrás, não", disse o homem.
Familiares de Iggnácio chegaram ao local por volta das 16h. Um dos parentes se identificou como irmã da vítima. Muito nervosa, chorava. Por volta das 17h30, eles deixaram agora o local do crime e não quiseram falar com a imprensa.
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Por volta das 17h50, os agentes da DH retiraram o carro da vítima do local, um Range Rover preto. Havia pelo menos cinco marcas de tiro na lateral esquerda do veículo, no lado do motorista.