Delegacia de Homicídios realiza perícia onde contraventor foi morto
— Jornal O Dia (@jornalodia) November 10, 2020
Crédito: Agência O DIA #ODia pic.twitter.com/0imv2HnblF
Fernando Iggnácio pode ter sido morto com tiros de curta distância
Genro de Castor de Andrade estava em um heliporto quando foi atingido na cabeça
Rio - Funcionários do heliporto onde o contraventor Fernando Iggnácio Miranda foi morto, no início desta tarde, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, informaram que o atirador teria acessado um terreno baldio ao lado do estacionamento da empresa Heli-Rio e efetuado os disparos a curta distância por cima de um muro. Ele estaria encapuzado e usando arma longa.
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Uma testemunha que estava na Avenida das Américas contou que ouviu pelo menos 10 disparos. E que os tiros começaram pouco depois de ter ouvido o barulho de um helicóptero pousando no local. "Tive que me jogar no chão. Não cheguei a ver os bandidos. Não vi nada. Foi assustador", contou.
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Parte da rua que dá acesso ao terreno do heliporto tem um portão que, segundo policiais que estão no local, têm sinais que levam a crer pode ter sido arrombado. Além deste portão, a cerca de 150 metros ao lado há outro portão, que também está aberto. Ambos os portões dão acesso ao terreno baldio, na Rua 15 de Novembro ou Rua Professora Luiza Nogueira Gonçalves.
Segundo um homem que está no local e disse que toma conta do terreno, de propriedade particular, com área total de 15 mil metros quadrados, os bandidos podem ter acessado o terreno pela portão da frente, após terem destruído parte dele.
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"O portão inteiro estava intacto na parte da manhã. Após os tiros, que acredito terem sido de fuzil, eu vim verificar e vi que uma parte do portão estava destruída. Pode ter sido por onde eles entraram. Acredito que eles tenham saído pelos fundos do terreno e aí pulado o muro dos fundos. Pois aqui pela frente é muito movimentado. E lá atrás, não", disse o homem.
Familiares de Iggnácio chegaram ao local por volta das 16h. Um dos parentes se identificou como irmã da vítima. Muito nervosa, chorava. Por volta das 17h30, eles deixaram agora o local do crime e não quiseram falar com a imprensa.
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Por volta das 17h50, os agentes da DH retiraram o carro da vítima do local, um Range Rover preto. Havia pelo menos cinco marcas de tiro na lateral esquerda do veículo, no lado do motorista.
Disputa pela herança de Castor de Andrade
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Fernando Ignácio travou uma luta durante décadas pela herança de Castor de Andrade, lendário bicheiro morto em 1997. Desde a morte de Castor, o filho Paulo Roberto, o sobrinho Rogério de Andrade e o genro travaram uma sangrenta batalha pelo espólio da contravenção, principalmente o das máquinas de caça-níquel. O filho de Castor, Paulo Roberto, foi assassinado em 1998, e Rogério de Andrade sofreu diversos atentados nas últimas duas décadas. O mais grave deles foi em 2010, quando uma bomba estourou em seu veículo. O objetivo ela matá-lo, mas era o filho de Rogério, de apenas 17 anos, quem dirigia o carro.