Fernando Ignacio foi morto dentro da Heli-Rio, no Recreio - Luciano Belford/Agência O Dia
Fernando Ignacio foi morto dentro da Heli-Rio, no RecreioLuciano Belford/Agência O Dia
Por Bernardo Costa
Rio - A Polícia Ciivl analisa imagens de 64 câmeras de segurança da empresa Heli-Rio Táxi Aéreo, que podem ajudar a elucidar a morte do contraventor Fernando Iggnácio, baleado na cabeça por tiros de fuzil nesta terça-feira. Segundo o dono de uma empresa responsável pelo sistema de monitoramento do heliponto, os agentes já estão examinando as imagens, que podem ser estudadas até um mês antes do crime. As câmeras mostram a movimentação de veículos que poderiam ter sido os usados pelos bandidos, na rua aos fundos do terreno que fica ao lado Heli-Rio. O terreno é o local de onde os bandidos efetuaram os tiros, segundo a polícia.
"Os proprietários da empresa agora querem aumentar os muros e reforçar o circuito interno de segurança", disse o empresário, que esteve na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) na noite desta terça.
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O contraventor foi atingido por tiros de fuzil 5.56, efetuados a, no máximo, cinco metros de distância. A informação foi confirmada por policiais da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que confirmaram ainda o recolhimento de imagens de câmeras de segurança nos fundos do terreno baldio ao lado do heliporto, como o DIA antecipou.
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Ainda conforme os agentes, o bicheiro havia chegado ao local de helicóptero pouco antes das 13h e estava prestes a entrar em seu carro, um Range Rover preto blindado, quando foi atingido. A esposa do contraventor percebeu a ação e voltou para a aeronave, que decolou em seguida. Ela e o piloto não ficaram feridos. Pelo menos 10 tiros de fuzil foram disparados e cinco deles acertaram o carro da vítima, na lateral esquerda, próxima ao assento do motorista. 
Um dos delegados que esteve na cena do crime, comentou o caso. "Um dos tiros atingiu a vidraça da parte administrativa da empresa, que fica dentro do estacionamento. Por sorte, não pegou em mais ninguém", afirmou. Os policiais apreenderam ainda uma escada que teria sido usada pelos bandidos para pular o muro dos fundos do terreno baldio ao lado da empresa, em direção à Rua 15 de Novembro ou Rua Professora Luiza Nogueira Gonçalves, que é pouco movimentada.
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TIROS À CURTA DISTÂNCIA
Conforme a DHC, o atirador acessou o terreno, que fica ao lado do estacionamento da empresa, e efetuou os disparos à curta distância por cima de um muro.
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Uma testemunha que estava na Avenida das Américas contou que ouviu pelo menos 10 disparos. E que os tiros começaram pouco depois de ter ouvido o barulho de um helicóptero pousando no local. "Tive que me jogar no chão. Não cheguei a ver os bandidos. Não vi nada. Foi assustador", contou.
Parte da rua que dá acesso ao terreno do heliporto tem um portão que, segundo policiais que estão no local, têm sinais que levam a crer que pode ter sido arrombado. Além deste portão, a cerca de 150 metros ao lado há outro portão, que também está aberto. Ambos os portões dão acesso ao terreno baldio, na Rua 15 de Novembro ou Rua Professora Luiza Nogueira Gonçalves.