Audiência de conciliação entre envolvidos em 'Barraco do Leblon' termina sem acordo
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Audiência de conciliação entre envolvidos em 'Barraco do Leblon' termina sem acordo Reprodução Internet
Por O Dia
Rio - A primeira audiência de conciliação entre os envolvidos no 'Barraco do Leblon' acabou sem um desfecho. Por conta da pandemia, a empresária Scheila Danielle Gmack Santiago, a influenciadora digital Priscilla Dornelles, o engenheiro de produção Wilton Vacari, a arquiteta Aline Cristina Araújo Silva e o empresário Maurício Barros Pitanga se encontraram por videoconferência na tentativa de entrarem em um acordo sobre uma "composição entre os supostos autores do fato e a vítima" da confusão que aconteceu na Rua Dias Ferreira, no Leblon, no dia 25 de setembro.
Segundo o despacho da juíza Maria Tereza Donatti, titular do 4º Juizado Especial Criminal, os advogados dos envolvidos relataram que não foi possível chegar a um "entendimento, uma vez que a posição de seus clientes, na busca do consenso, são díspares". 
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O advogado Renan Pacheco Canto, que defende Wilton, Scheila, Priscilla, queria uma retratação nas mídias sociais, além de R$ 15 mil para cada cliente por danos morais. Já o advogado João Pedro Fernandez desejava somente um pedido de desculpas do trio, abrindo mão de qualquer reparação financeira.
Durante o encontro, Gabriela Maria, a responsável pela condução da audiência, ainda sugeriu que "cada um pudesse ceder um pouco para atingir um desfecho positivo onde seus familiares não fossem afetados pelo desgaste de um litígio". Porém, com a negativa de ambas as partes, encerraram a audiência.
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Entenda o caso
Um vídeo, que circulou por diversas redes sociais no final de setembro, mostra duas mulheres de biquíni dançando em um conversível na Rua Dias Ferreira, no Leblon, na Zona Sul do Rio. O episódio gerou confusão após a arquiteta Aline Araújo, sentada em um restaurante, atirar garrafas dentro do veículo.
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"Estamos entrando com um processo por crimes contra a honra, injúria e difamação, na forma qualificada, visto que foram propagados publicamente em redes sociais. Meu cliente, que foi chamado por Aline de drogado, que insinuou que ele estaria pagando garotas de programa, teve sua honra atingida e está tendo problemas no ambiente de trabalho, com os amigos e a família", disse o advogado.
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Após a repercussão, as duas mulheres que estavam no conversível usaram as redes sociais para desabafar sobre o episódio. "Quando passamos numa rua mais movimentada, escuto uma garota falar assim: 'vagabunda', olho para o lado, vejo ela com cara de deboche me mandar um beijo. Achei desnecessário, dei até risada, achei engraçado, pensei 'será que ela quer vir até aqui, quer participar?'. E continuamos", contou Scheila.
"O carro andou um pouquinho. Não satisfeita, ela taca uma garrafa d'água nas minhas costas, bem na hora que eu estava agachada (...) Tomei a garrafada nas costas, olhei diretamente para ela, porque eu já sabia que era ela, porque ela já tinha mexido comigo. Ela, com a maior cara de deboche, me manda outro beijo. Como eu não tenho sangue de barata, minha reação foi pular do carro", acrescentou a jovem.
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A arquiteta disse que as duas estavam se beijando e ela estava com crianças e idosos na mesa do restaurante. "Nós vivemos em uma sociedade e temos que ter respeito pelo outro", comentou Aline em uma publicação que foi removida das redes sociais. Ela classificou a atitude das jovens como "atentado ao pudor".