No mesmo ano, Crivella usou ônibus oficiais e reuniu funcionários da Comlurb para pedir votos para o seu filho Marcelo Hodge, que concorria à vaga na Câmara de Deputados nas eleições de 2018. O encontro aconteceu na quadra da escola de samba Estácio de Sá, no Centro do Rio.
Já este ano, uma reportagem da TV Globo mostrou que funcionários da Prefeitura do Rio eram pagos com dinheiro público para dar plantões na porta de hospitais municipais para atrapalhar reportagens e impedir denúncias de problemas na Saúde. O caso ficou famoso como "Guardiões do Crivella”, o mesmo nome do grupo de WhatsApp onde o esquema era combinado diariamente. Integrantes da cúpula do governo faziam parte do grupo, inclusive Marcelo Crivella. Vale ressaltar que um pedido de impeachment foi aberto contra o prefeito em decorrência da denúncia. No entanto, os vereadores rejeitaram a abertura do processo por 25 votos a 23.
Por fim, de acordo com a operação do MPRJ e da Polícia Civil, Crivella foi preso, na manhã desta terça-feira (22), após ser apontado como o líder da organização criminosa que agia no “QG da Propina” na Prefeitura do Rio. Além do prefeito afastado, também foram presos o empresário Rafael Alves, homem forte de Crivella e apontado como operador do esquema, o delegado Fernando Moraes, o ex-tesoureiro de Crivella Mauro Macedo e os empresários Adenor Gonçalves e Cristiano Stockler, da área de seguros. Um pedido de impeachment também havia sido aberto contra o até então prefeito Crivella. Porém, os vereadores rejeitaram novamente a abertura do processo, desta vez por 24 votos a 20.