Filha de homem morto na CDD grita durante o enterro: ‘Olha o que fizeram com meu pai. Ele era trabalhador. Crédito: Carolina Freitas / #ODiapic.twitter.com/iMSrXdDt9I
"A testemunha diz que não houve troca de tiro e os militares disseram que não teve operação. Não entendi porque aconteceu o disparo de .762. Vou lutar incansavelmente, porque meu primo não era vagabundo", afirma Leandro Guimarães.
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Além disso, Leandro mencionou que o filho menor do primo, de 5 anos, ainda não sabe que o pai morreu. "Foi uma luta hoje de manhã para a esposa dele porque a criança ficava perguntando: 'cadê meu papai?'. Agora vamos ter que enganar o garoto até não sei quando dizendo que ele tá viajando e depois falar que ele virou uma estrelinha'".
"A gente não consegue dormir porque temos sempre aquela visão do meu primo como marginal no chão. Eu vou cobrar diretamente dos deputados estaduais. Não vai parar por aqui, não", finalizou Leandro.
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Carina Guimarães, irmã de Marcelo, que estava muito emocionada no local, informou que não houve abordagem da polícia. "Meu irmão estava com o uniforme do trabalho, de bota e tudo. Se tivessem parado ele, iam ver que era um trabalhador. Mas não, deram um tiro e nem prestaram socorro. Hoje minha família que está chorando, mas isso acontece constantemente. Semana passada eu fui abordada no mesmo lugar, mas tive chance de mostrar o meu crachá do trabalho e minha habilitação", desabafou.
Ela também contou um pouco de como era o irmão. "Aqui hoje está cheio [enterro] e ainda vai chegar mais gente. Ele era muito querido por todos. Meu confidente. Para tudo ele estava do meu lado. Ele não tinha vício, só pensava em trabalho. Queria investir nas coisas. Esse ano mesmo ele disse que ia curtir mais a vida. O Marcelo tinha uma viagem com a mulher e os filhos para abril agora e não vai poder mais ir", conclui.