Marcinho, ex-Botafogo, deixa a delegacia ao lado do pai - Estefan Radovicz / Agência O Dia
Marcinho, ex-Botafogo, deixa a delegacia ao lado do paiEstefan Radovicz / Agência O Dia
Por O Dia
Rio - Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli realizaram, nesta quinta-feira, uma perícia complementar no automóvel do jogador Marcinho para verificar a velocidade do automóvel durante o atropelamento do casal de professores no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio, no último dia 30. Maria Cristina José Soares, de 56 anos, morreu na terça-feira (5). O marido da professora, Alexandre Silva Lima, de 44 anos, morreu no local do acidente. 
Segundo o delegado Alan Luxardo, titular da 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) e responsável pela investigação, o objeto da nova perícia é comparar os estragos do acidente com a velocidade que o veículo estava na ocasião.
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"Pedi uma perícia complementar para verificar a velocidade aproximada do automóvel no momento da colisão. A perícia de local com perícia do veículo irão estabelecer um bom parâmetro", disse Luxardo.
Investigação aponta que Marcinho estava acima da velocidade
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O delegado Alan Luxardo também informou que a evidência é que o jogador de futebol Marcinho estava a uma velocidade maior do que a informada na hora do acidente. No entanto, apenas o laudo pericial poderá constatar a informação. Marcinho será indiciado por duplo homicídio culposo.
Na noite do acidente, o veículo dirigido pelo jogador tirou a vida do professor Alexandre Silva Lima, de 44 anos. Sua companheira Maria Cristina José Soares, 56, chegou a ser socorrida, ficou uma semana internada e morreu nesta terça-feira (5). Os dois eram professores do Cefet, o Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca.
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Em depoimento, Marcinho disse que o casal atravessou fora da faixa de pedestres, garantiu que não estava embriagado e que dirigia em baixa velocidade – a cerca de 60km/h, abaixo do limite de 70km/h da pista. Apesar da versão, o veículo, uma Mini Cooper preta, ficou destruído. O jogador disse que não socorreu as vítimas porque teve medo de linchamento.
O veículo está registrado em nome de uma empresa de produtos hospitalares cujo sócio é Sergio Lemos de Oliveira, pai e empresário de Marcinho. Após ser localizado e submetido a perícia, o carro foi rebocado por um guincho da seguradora até a garagem da casa do pai de Marcinho - a partir daí a Polícia Civil passou a considerar o jogador suspeito.