Trens da Supervia - Divugação / Agetransp
Trens da SuperviaDivugação / Agetransp
Por O Dia
Rio - A Supervia contabilizou, nesta segunda-feira, que, somente no ano passado, mais de 36 casos de tiroteios afetaram a circulação dos trens da empresa por 40 horas e 24 minutos. O ramal mais afetado no ano passado foi o Saracuruna, com 24 ocorrências de interrupções. Na manhã desta segunda-feira não foi diferente. O fluminense amanheceu com os trens operando com intervalos irregulares por consequência de tiroteios. Segundo a concessionária, por 30 minutos, a operação teve que ser parcialmente interrompida por causa de troca de tiros nas proximidades da estação Manguinhos. Neste momento, a circulação é normal em todo o ramal.
Esse o segundo caso só este ano, em que o serviço para por conta de disparos nas imediações do sistema. Na semana passada, a circulação da extensão Vila Inhomirim (ramal Saracuruna) ficou interrompida por cerca de 3 horas por problemas de segurança pública nas imediações da estação Imbariê. 
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"É lamentável que a insegurança pública coloque em risco a operação ferroviária e prejudique o ir e vir de milhares de clientes. Os trilhos do trem passam por diversas regiões conflagradas, áreas de risco, que precisam de policiamento especializado e ostensivo, o que só pode ser garantido pelo poder público, como prevê o próprio contato de concessão. Por isso, temos dialogado frequentemente com as forças de segurança do estado para que atuem nesses locais mais sensíveis", afirma Antonio Carlos Sanches, presidente da Supervia.
Segundo a empresa, entre 11h36 e 12h10 desta segunda-feira, a Supervia precisou interromper parcialmente a operação dos trens do ramal Saracuruna em função de troca de tiros nas proximidades da estação Manguinhos. Os trens circularam apenas entre Bonsucesso e Gramacho e no trecho Gramacho-Saracuruna e as partidas da Central do Brasil para este ramal ficaram suspensas. Durante a ocorrência, os clientes foram informados por meio do sistema de áudio dos trens e estações e pelos canais digitais da concessionária.
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Em casos de tiroteios, os trens podem aguardar ordem de circulação em estações seguras ou a circulação do ramal pode ser parcial ou totalmente suspensa. Quando o tiroteio cessa, a concessionária realiza vistorias em cabos da rede aérea para garantir a retomada da operação em condições adequadas. Às vezes, os cabos são danificados pelos disparos de arma de fogo, atrasando ainda mais a normalização da circulação.