Rio de Janeiro 11/01/2021 - Movimentação na Saara. Foto: Luciano Belford/Agencia O Dia - Luciano Belford/Agencia O Dia
Rio de Janeiro 11/01/2021 - Movimentação na Saara. Foto: Luciano Belford/Agencia O DiaLuciano Belford/Agencia O Dia
Por Yuri Eiras
Rio - Os moradores do Rio devem manter a atenção redobrada: a Covid-19 segue a pleno vapor na cidade. Na última sexta-feira, a prefeitura divulgou um mapa da cidade dividido em regiões com maior ou menor risco de contaminação pelo vírus. No Boletim Epidemiológico, 18 bairros foram avaliados com índice 'alto'. A reportagem do DIA percorreu alguns deles e, apesar de não encontrar grandes aglomerações nesta segunda-feira, flagrou pequenas atitudes que fazem toda a diferença para a disseminação do coronavírus. 
A máscara no queixo, por exemplo, tornou-se ainda mais habitual com a chegada do calor tradicional do verão, assim como a clássica mão no rosto para secar o suor. Na sempre agitada Madureira, Zona Norte do Rio, o cenário não era de aglomeração como às vésperas do fim de ano, mas foi possível observar a frequente entrada de pessoas sem máscaras nos comércios, sem qualquer fiscalização, nem dos comerciantes, nem da Prefeitura.
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Rio de Janeiro 11/01/2021 - Movimentação no calçadão de Madureira. Foto: Luciano Belford/Agencia O Dia - Luciano Belford/Agencia O Dia
Rio de Janeiro 11/01/2021 - Movimentação no calçadão de Madureira. Foto: Luciano Belford/Agencia O DiaLuciano Belford/Agencia O Dia
Na última sexta-feira, o prefeito Eduardo Paes afirmou que, caso uma determinada região da cidade avance do risco 'alto' para 'muito alto', é possível que haja restrições no comércio e na circulação dos moradores. Em Irajá, outro bairro da Zona Norte considerado de 'alto risco', a aglomeração era na própria Unidade de Pronto Atendimento (UPA): a moradora Pâmella Silva aguardava há três horas atendimento para o seu marido, com um corte na perna.
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"Chegamos 7h, são 10h, houve troca de plantão e ele ainda aguarda atendimento. Muitos passaram à frente. Tem quase 30 pessoas lá dentro para um médico só atender, não dá conta", comentou. Em nota, a a coordenação da UPA de Irajá, através da Secretaria Estadual de Saúde, informou que "a unidade teve um problema pontual no número de profissionais, que foi solucionado logo pela manhã, quando o quadro ficou completo com quatro clínicos e dois pediatras para atendimento à população".
A SES afirmou ainda que "a escala médica é de responsabilidade de cada OSS. Entretanto, a secretaria mantém permanente fiscalização e contato para evitar possíveis falhas no atendimento à população e responsabilizar a organização social".
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Outros bairros da Zona Norte com risco alto são Rio Comprido, Tijuca, Méier, Rio Comprido, Tijuca, Vila Isabel, Méier, Jacarezinho, Inhaúma, Madureira, Irajá e Anchieta.
Com os comércios abertos, outra região administrativa considerada de risco alto, o Centro do Rio, tem convivido com grande movimentação diariamente, principalmente na região da Rua da Alfândega. Cláudio Falcão, 61, trabalha na região e diz fazer um caminho mais longo para evitar aglomeração.
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"Eu evito a área do Camelódromo, desde a Avenida Presidente Vargas, porque a movimentação é gigantesca durante todo o dia. Muitos barraqueiros vendem comidas ali e consumidores ficam parados em frente ao Camelódromo. Não gosto de correr esse risco. Prefiro entrar nas ruas menores, mais vazias, apesar do outro risco, o de ser assaltado", diz o vendedor de relógios.
Rio de Janeiro 11/01/2021 - Movimentação na Saara. Foto: Luciano Belford/Agencia O Dia - Luciano Belford/Agencia O Dia
Rio de Janeiro 11/01/2021 - Movimentação na Saara. Foto: Luciano Belford/Agencia O DiaLuciano Belford/Agencia O Dia
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Em Campo Grande, festa com centenas de pessoas
Campo Grande, Bangu e Realengo são os bairros da Zona Oeste avaliados como preocupantes pela Prefeitura. Em Campo Grande, uma festa ocorrida durante o fim de semana na Mansão Belmont, na Estrada do João Melo, gerou polêmica ao registrar centenas de pessoas sem máscara e aglomeradas. Em vídeo publicado nas redes, é possível observar que a multidão também não desrespeita o distanciamento. O evento começou na noite de sábado e acabou apenas na manhã de domingo. O Corpo de Bombeiros informou que esteve no local, mas não encontrou nenhuma irregularidade. A reportagem também procurou os organizadores do evento, que não responderam sobre a festa.
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Os bairros considerados de 'alto risco' são: Centro, Ilha de Paquetá e Santa Teresa, na região central; Rio Comprido, Tijuca, Vila Isabel, Méier, Irajá, Madureira e Anchieta, na Zona Norte; Botafogo, Copacabana e Lagoa, na Zona Sul; Campo Grande, Santa Cruz, Bangu, Barra da Tijuca e Realengo, na Zona Oeste.