Polícia faz operação contra venda de cigarros contrabandeados e falsificados  - Divulgação/Polícia Civil
Polícia faz operação contra venda de cigarros contrabandeados e falsificados Divulgação/Polícia Civil
Por O Dia
Rio - A Força-Tarefa da Polícia Civil, montada para combater os principais braços de articulação da milícia do Rio, realizou nesta quinta-feira (14) uma megaoperação para impossibilitar o comércio ilegal de cigarros contrabandeados. Cerca de 300 agentes estiveram na Baixada Fluminense e em bairros da Zona Oeste da capital fluminense. Uma mulher foi presa em flagrante com caixas de medicamentos.

Em dois meses de investigação a polícia mapeou 143 pontos de vendas do produto contrabandeado, a maioria em regiões dominadas por grupos paramilitares ligados ao miliciano Wellington da Silva Braga, o Ecko. Investigações da polícia o colocam à frente da maior milícia do estado, o Bonde do Ecko, antiga Liga da justiça.

De acordo com a Polícia Civil, o comércio de cigarros falsificados tem renda estimada em torno de R$ 12 milhões por mês. Segundo a Associação de Produtores de Cigarros, só no estado do Rio de Janeiro há perda de arrecadação de impostos de aproximadamente R$ 480 milhões por ano com a venda ilegal.

Segundo o delegado Maurício Demétrio Afonso Alves, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), a primiera fase da operação "Malum Fumum" priorizou ações em áreas da milícia e do tráfico de drogas.

Além de cigarros ilegais os agentes apreenderam maquinas de caça níquel que estavam em estabelecimentos comerciais investigados.

A operação contou com apoio de delegacias especializadas e distritais da Baixada Fluminense.

Enfermeira presa

Segundo a Polícia Civil, uma técnica de enfermagem foi detida em flagrante com remédios e equipamentos médicos dentro de casa. O material, segundo a polícia, pode ter sido desviado Hospital Municipal Moacyr do Carmo, em Duque de Caxias, onde ela trabalha.

De acordo com o delegado Maurício Demétrio, o alvo nesta casa era o irmão da mulher. Ele não foi localizado.

Emília Marina da Costa foi levada para a Cidade da Polícia, no Jacarezinho.
Em nota, a Prefeitura de Duque de Caxias, através da Secretaria Municipal de Saúde, confirmou que Emília Marina da Costa é técnica de enfermagem, estatutária e servidora da rede municipal de Saúde. Sobre a denúncia, a Prefeitura ressaltou que a direção do Hospital Municipal Dr Moacyr Rodrigues do Carmo, onde a funcionária trabalha, ainda não foi procurada, mas coloca-se à disposição para esclarecer e contribuir no que for preciso.