Vendas da AstraZeneca também aumentaram fortemente, em 9%, para US$ 26,6 bilhões em um ano - AFP
Vendas da AstraZeneca também aumentaram fortemente, em 9%, para US$ 26,6 bilhões em um anoAFP
Por Bernardo Costa
O Ministério da Saúde confirmou o envio das duas milhões de doses da vacina AstraZeneca/Oxford da Índia para o Brasil. Segundo a pasta, a previsão é que as doses cheguem ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, no fim da tarde desta sexta-feira. As doses contra a covid-19 estão prontas para serem aplicadas e foram fabricadas pelo Instituto Serum, da Índia.  
"O Ministério da Saúde informa que as 2 milhões de doses da AstraZeneca devem chegar ao Brasil nesta sexta-feira, 22, no fim da tarde. A carga vinda da Índia será transportada em voo comercial da companhia Emirates ao aeroporto de Guarulhos e, após os trâmites alfandegários, seguirá em aeronave da Azul para o aeroporto internacional Tom Jobim, no Rio de janeiro", diz a nota do Ministério da Saúde enviada a O DIA.
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Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o envio da doses foi definido nesta quinta-feira, quando "o governo brasileiro e o governo indiano concluíram os procedimentos para importação, pelo Brasil, de dois milhões de doses da vacina contra a Covid-19".  
Também nesta sexta-feira haverá uma reunião entre técnicos da Fiocruz e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acordo com a Fiocruz, a reunião foi agendada para definir detalhes para o pedido de registro definitivo da vacina produzida pela instituição a partir da transferência de tecnologia pela AstraZeneca. 
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Segundo a Fiocruz, o pedido de registro definitivo da vacina será protocolado junto à Anvisa na semana que vem.
O governo brasileiro havia se preparado para buscar as doses no último dia 14, quando uma aeronave da Azul Linhas Aéreas decolou de Guarulhos, em São Paulo, com destino à Índia. Porém, durante a escala em Recife, o governo informou que o voo para o país asiático havia sido cancelado, após o governo da Índia ter negado a exportação imediata da vacina. 
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Nesta quarta-feira, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, negou que problemas de natureza político-diplomáticas tenham causado entrave à exportação. Segundo ele, a demora no envio da vacina está relacionada à alta demanda mundial pelo imunizante.