Passageiros enfrentam dificuldades para pegar ônibus nesta segunda-feira - Luciano Belford/ Agência O DIA
Passageiros enfrentam dificuldades para pegar ônibus nesta segunda-feiraLuciano Belford/ Agência O DIA
Por Aline Cavalcante
Rio - Com os serviços no BRT do Rio interrompidos, devido a uma paralisação dos motoristas, os pontos de ônibus estão lotados na manhã desta segunda-feira. Em Madureira, na Zona Norte, passageiros buscavam alternativas para se deslocar.


A auxiliar de serviços gerais Caroline Cristine, 30, moradora de Cascadura, foi pega de surpresa. Ela trabalha no Recreio, Zona Oeste do Rio, e está desde às 5h da manhã tentando pegar condução.

"Vou aguardar porque minha única opção é o BRT. Se eu for de ônibus eu gasto mais. Pegar Uber não dá porque está R$ 100, não tenho esse dinheiro. Isso é um absurdo, uma humilhação. Entendo a situação dos rodoviários, mas poderiam ter avisado".
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Moradora de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, Miriam dos Santos, 48, saiu de casa às 4h20 e também foi surpreendida ao chegar no BRT de Madureira.

"Estou sem tomar café da manhã e nem sei que horas vou chegar no trabalho. Estou preocupada também com a volta para casa. Não sei como será se essa situação não for resolvida".

Problemas e aglomeração

Com o BRT paralisado, os ônibus saem lotados dos pontos, provocando aglomeração dos passageiros.

"Com esta pandemia, ainda tem um problema desse para aglomerar ainda mais as pessoas. No fim das contas, é sempre o povo que sai prejudicado", reclamou Marcos Vinicius, 38. Morador de Nilopólis, ele trabalha em Jacarepaguá e costuma pegar o BRT na Vila Militar, mas mudou a rota quando soube da greve.

Revoltado com a situação, Carlos Alberto Santos, 34, cobrou uma solução por parte da Prefeitura do Rio.

"O prefeito disse que ia melhorar a situação dos BRTs e nada fez ainda. Continuamos sofrendo. A situação dos transportes públicos estão muito ruins, mas quando é para aumentar a passagem é tudo bem rápido e organizado", criticou o morador de Nilópolis, na Baixada Fluminense, que trabalha no Recreio.

Segundo o consórcio que administra o sistema, "uma paralisação de alguns motoristas que impediram a saída dos ônibus das garagens" afetou os três corredores (Transoeste, Transcarioca e Transolímpica). Muitas estações nem sequer abriram.