Daniel Silveira (PSL-RJ) - Reprodução
Daniel Silveira (PSL-RJ)Reprodução
Por O Dia
Rio - A Polícia Federal do Rio informou, na tarde desta quinta-feira, que encontrou dois aparelhos celulares dentro da sala onde o deputado federal Daniel Silveira ficou custodiado. Os eletrônicos foram encontrados durante a execução dos protocolos de segurança no local. 
O juiz Airton Vieira, auxiliar do ministro Alexandre de Morares, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu, também nesta quinta-feira, pela manutenção da prisão do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ). A decisão foi tomada durante audiência de custódia. Durante a noite, o deputado foi transferido da Superintendência da Polícia Federal do Rio para a Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói.
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Em nota, a PF informou que "foi determinada a instauração de inquérito policial para apurar as circunstâncias dos fatos".
A prisão
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A prisão foi determinada na noite de terça-feira (16), após Silveira, que já é investigado por participação em atos antidemocráticos, divulgar um vídeo com apologia ao AI-5, instrumento mais duro da repressão na ditadura militar, e defesa da destituição de ministros do STF, consideradas pautas inconstitucionais.
Na tarde desta quarta-feira (17), o STF decidiu por unanimidade manter a decisão de Moraes que levou à prisão do deputado federal. No julgamento, os ministros destacaram a legalidade da prisão em flagrante e o caráter de crime inafiançável.
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Por conta do vídeo, o deputado também foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao STF. Entretanto a palavra final sobre a manutenção da prisão será do plenário da Câmara dos Deputados. Isso porque, pela Constituição, a prisão em flagrante por crime inafiançável de qualquer deputado deve ser enviada em 24 horas para análise da Casa, que deve decidir sobre a manutenção ou não da prisão.