Rio tem transmissão local de variantes do coronavírus
Diante da confirmação dos casos autóctones e em função da pouca disponibilidade de informações científicas sobre os possíveis impactos no cenário epidemiológico da Covid-19, as secretarias municipal e estadual de Saúde do Rio reforçam a necessidade de que sejam intensificadas as medidas de prevenção
Por O Dia
Rio - O estado do Rio já registra transmissão local de duas variantes do coronavírus: a brasileira, surgida em Manaus, e a do Reino Unido. A informação foi divullgada em nota conjunta da Secretaria Estadual de Saúde e da Secretaria Municipal de Saúde do Rio no fim da noite de quinta-feira.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) e a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS-Rio) concluíram, nesta quinta-feira, a análise do histórico de quatro das cinco pessoas contaminadas pelas novas variantes do coronavírus. Foram registrados um caso com a cepa do Reino Unido (VOC 202012/01, linhagem B.1.1.7) e outros quatro com a mutação de Manaus (VOC P.1, linhagem B.1.1.28). O levantamento constatou que, com exceção do paciente oriundo de Manaus, os demais são autóctones, ou seja, a contaminação aconteceu dentro do próprio estado. Desta forma, a avaliação confirmou que as novas cepas já estão circulando em pelo menos um município do estado, o Rio de Janeiro, e provavelmente, Nova Iguaçu.
A Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SVS) da SES alerta para a possibilidade de o vírus já estar circulando por outros municípios, uma vez que a capital tem grande atividade econômica e alta circulação de pessoas de várias cidades da Região Metropolitana. Porém, essa informação só poderá ser confirmada a partir de evidências laboratoriais. Para tanto, a vigilância da Secretaria Estadual de Saúde está reforçando e apoiando os municípios nas ações de monitoramento e vigilância de casos suspeitos.
Diante da confirmação dos casos autóctones e em função da pouca disponibilidade de informações científicas sobre os possíveis impactos no cenário epidemiológico da Covid-19, a SES e a SMS-Rio reforçam a necessidade de que sejam intensificadas as medidas de prevenção de contágio: uso de máscaras, higienização das mãos e distanciamento social.
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Sobre os casos
Dos quatro casos registrados com a cepa de Manaus, dois são moradores da capital e já estão recuperados; um é um paciente transferido de Manaus que permanece internado no Hospital Federal do Servidor; e outro é um morador de Belford Roxo, que ficou internado em Nova Iguaçu. Apenas o caso de Belford Roxo evoluiu para óbito, porém não é possível afirmar que o paciente teve agravamento do caso devido à mutação do vírus, já que ele foi internado em função de cirrose hepática e problemas renais. A análise do período de internação em Nova Iguaçu e posterior transferência para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio, está em fase de conclusão.
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Quanto ao paciente contaminado com a cepa do Reino Unido, ele é morador da capital e já está recuperado. Entre os moradores da capital e o de Belford Roxo, não foi identificado histórico de viagem ou de contato com pessoas que tenham passado por locais com circulação das novas variantes.
Transferência de pacientes para o Rio
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Em um ano, chegaram 58 pacientes ao Rio de Janeiro vindos de Manaus e Rondônia. Foram 34 pacientes encaminhados ao Hospital de Andaraí, sendo 7 mulheres e 27 homens, e 24 foram para a Fiocruz, sendo estes 12 mulheres e 12 homens. Apenas um caso deles teve sequenciamento genômico com laudo finalizado.