Centro de Operações de Emergências do Rio divulga boletim epidemiológico da cidade - Reginaldo Pimenta/ Agência O DIA
Centro de Operações de Emergências do Rio divulga boletim epidemiológico da cidadeReginaldo Pimenta/ Agência O DIA
Por Beatriz Perez
Rio - A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS-Rio) concluiu que pelo menos três pessoas foram contaminadas na cidade do Rio por variantes do coronavírus. Com isso, a capital registra casos autóctones, ou seja a transmissão aconteceu localmente, não foi importada de outro estado ou país. Os pacientes da capital têm entre 30 e 40 anos, apresentaram sintomas leves e relataram contato com pessoas com covid-19. Nenhum deles realizou viagens em que pudessem ter se contaminado.
São eles: uma mulher de 36 anos, contaminada com a variante britânica (B.117), ela mora na Freguesia, Zona Oeste do Rio; um homem de 40 anos residente em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio, infectado com a variante brasileira (P1), assim como um morador de Copacabana de 30 anos.
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Um quarto caso de transmissão local foi registrado no Estado do Rio, a transmissão foi provavelmente no município de Nova Iguaçu. Trata-se de um morador de Belford Roxo, que ficou internado no município vizinho. O homem veio a óbito, mas não é possível associar o agravamento do caso à contaminação pela mutação do vírus, já que ele foi internado por cirrose hepática e problemas renais. A análise do período de internação deste paciente em Nova Iguaçu e posterior transferência para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio, está em fase de conclusão.  
Na cidade do Rio, um paciente identificado com a variante brasileira veio a óbito na última noite. Ele estava internado no Hospital dos Servidores, transferido de Manaus, onde a mutação surgiu.
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Com o início da transmissão local de variantes do vírus, a Prefeitura decidiu manter o alerta de risco alto na cidade, apesar da cidade ter apresentado queda relevante no nível de contágio em 27 das 33 regiões administrativas, que passaram de risco alto para moderado, segundo boletim divulgado nesta sexta-feira. Apenas seis regiões administrativas apresentam risco alto na cidade: Copacabana, Lagoa, Tijuca, Vila Isabel, Barra da Tijuca e Rocinha. 
O prefeito Eduardo Paes repreendeu a constatação de que justamente a área mais nobre da cidade manteve-se com risco alto de contágio.
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"A absoluta maioria da cidade foi para risco moderado. As áreas de risco alto são as mais ricas da cidade. Tem setores da nossa cidade agindo com enorme irresponsabilidade. Se as pessoas saudáveis do Rio, com mais condições, continuarem achando que a vida é uma festa, eles vão sair das suas festinhas e vai ter alguém idoso, hipertenso em casa que pode ir a óbito. Gostaria de flexibilizar (as medidas restritivas) nas áreas mais pobres que demonstraram mais responsabilidade, mas vamos manter assim por causa da nova cepa", afirmou o prefeito nesta sexta-feira.
Endurecimento na Zona Sul e na Barra
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O prefeito do Rio não descarta enrijecer as medidas restritivas na cidade, caso as variantes da covid-19 se demonstrem mais agressivas. Paes, no entanto, ressaltou que a cidade como um todo apresentou melhora expressiva. "Em uma excepcionalidade, identificando que essa nova cepa provoca mais riscos, a gente pode tomar medidas mais restritivas. Eu acho que o saldo pra cidade como um todo é positivo. Fila zerada, diminuição de óbitos, de taxa de letalidade e mortos. Mas, a gente não vai abaixar em razão dessa nova cepa", disse.
A taxa de letalidade da covid-19 na cidade caiu de 9,2 pra 5,7. O boletim da Prefeitura do Rio indicou que as filas por internação na Rede SUS do Rio de Janeiro está zerada.
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O secretário de Saúde reforçou que a Prefeitura considera aumentar as restrições nas áreas em que o contágio se manteve alto. "Se a gente não conseguir reduzir os números, principalmente nos bairros da Zona Sul e da Barra, a gente vai precisar aumentar as medidas restritivas", disse Daniel Soranz sem dar detalhes de quais medidas ou a partir de qual data este endurecimento aconteceria.
Vacinação
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A cidade do Rio vacinou 260.534 pessoas com a primeira dose da vacina contra a covid-19. Destas, 36.797 receberam a segunda dose. O montante representa 3.86% da população carioca vacinada com a primeira dose.
Neste sábado, não haverá vacinação no esquema drive-thru. A Prefeitura aguarda a chegada de mais lotes de vacina para prosseguir com o calendário de vacinação. A injeção da segunda dose, no entanto, continua. A pessoa deve ir à mesma unidade em que tomou a primeira dose e levar o comprovante de vacinação. A unidade de saúde mais perto de cada carioca pode ser verificada no site prefeitura.rio/ondeseratendido. Os pontos funcional de segunda a sexta, das 8 às 17 horas, e no ábado, das 8 às 12 horas.
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