Justiça decreta prisão preventiva de traficantes responsáveis por ataques a templos religiosos
De acordo com investigações, as abordagens aconteceram várias vezes por homens armados que diziam que os locais seriam fechados
Rio - O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou os traficantes Álvaro Malaquias Santa Rosa, o "Peixão" e outras seis pessoas por ataques a locais e pessoas de religiões de matriz africana na Baixada Fluminense entre 2016 e 2019. As prisões foram decretadas pela 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias e a 1ª Vara Criminal de Nova Iguaçu.
De acordo com as denúncias, em uma das vezes, Peixão, que possui nove mandados de prisão em aberto, ordenou que o adolescente Luan da Silva Soares, o "Negueba", e mais dois homens não identificados, constrangessem e ameaçassem, utilizando arma de fogo, o pai de santo e os frequentadores de um templo de candomblé localizado no bairro Parque Paulista, em Duque de Caxias, determinando que ambos abandonassem o local.
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Durante o ataque, eles também exigiram que todos os terreiros da localidade fossem fechados. Em outra ocasião, os criminosos, que se autodenominam “Bandidos de Jesus”, invadiram outro culto, gritando e ameaçando os participantes, inclusive proibindo os mesmos de andar de roupa branca.
Ainda segundo o MPRJ, as abordagens aconteceram várias vezes por traficantes armados que diziam que o templo seria fechado. De acordo com a denúncia, Álvaro Malaquias, que é o primeiro homem do tráfico de drogas da Comunidade de Parada de Lucas, e que exerce domínio sobre outras comunidades, dentre elas a Comunidade Parque Paulista, em Duque de Caxias, por ser supostamente evangélico, não admite que religiões de matriz africana sejam professadas nos territórios sobre os quais ele tem domínio.
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