Polícia prende delegado que comandava esquema de pirataria de roupas no RioReginaldo Pimenta / Agência O Dia

Por Anderson Justino
Rio - O delegado Maurício Demétrio, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), classificou como 'assustadora' a participação do delegado Marcelo Machado, adjunto da 38ª DP (Vista Alegre), no crime de confecção e venda de produtos pirateados. Machado foi preso nesta sexta-feira (12) durante a operação 'Raposa no Galinheiro', que desmontou um grupo criminoso composto por outros agentes da Polícia Civil do Rio.  
"É assustador saber que um agente de segurança está envolvido nesse tipo de crime. Eu ainda não estou acreditando. Fizemos nossa parte. A partir de agora todos passam a ser investigados pela Corregedoria da Polícia Civil", disse Demétrio. 
Publicidade
De acordo com o delegado, as investigações começaram em meados do ano passado, quando comerciantes de Petrópolis, na Região Serrana, e de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, procuraram a delegacia e denunciaram que estavam sendo coagidos e ameaçados por um grupo de empresários. "Eles montaram um esquema e estavam propondo que todos fizessem parte. Esse grupo já tinha sido autuado pela DRCPIM e a proposta era mudar a autoridade policial dessa especializada", explicou o delegado.
Publicidade
Ainda segundo o delegado, durante as investigações, a Polícia Civil recebeu denúncias de donos de marcas de roupas conhecidas que estavam tendo suas peças pirateadas. "Essas denúncias casaram com as investigações", concluiu. 
Além do delegado Marcelo Machado, a polícia prendeu uma segunda pessoa que faz parte do esquema criminoso. Além disso, foram cumpridos mandados de prisão em diversos endereços. A polícia também esteve em uma confecção na Praça Saens Peña, na Tijuca, e apreendeu roupas e tecidos. No local a polícia ainda encontrou camisas com a inscrições da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). Todo material apreendido foi levado para perícia. 
Publicidade
Investigações apontam que o delegado aproveitou quando esteve trabalhando na Corregedoria da Polícia Civil para criar sua empresa e facilitar o esquema criminoso.